Plano da Petro; bolsa sobe 0,67%…
De olho no plano 1 O Ibovespa operou o dia todo em alta e fechou as atividades subindo 0,67%, para 57.736 pontos, impulsionado pelo plano de administração da Petrobras (veja abaixo). Em alguns momentos a troca de ações da companhia representou até 20% de toda a movimentação financeira da bolsa. Outros destaques do dia foram […]
Da Redação
Publicado em 20 de setembro de 2016 às 19h00.
Última atualização em 23 de junho de 2017 às 19h35.
De olho no plano 1
O Ibovespa operou o dia todo em alta e fechou as atividades subindo 0,67%, para 57.736 pontos, impulsionado pelo plano de administração da Petrobras (veja abaixo). Em alguns momentos a troca de ações da companhia representou até 20% de toda a movimentação financeira da bolsa. Outros destaques do dia foram altas nas ações da operadora de milhas Smiles, que subiu 2,32% após anunciar novo diretor financeiro, Marcos Pinheiro Filho, nome que foi bem recebido por analistas; e do frigorífico JBS, que subiu 1,17%, depois de iniciar a operação de venda de carne nos Estados Unidos. A empresa de logística Rumo teve forte queda nas ações, 4,71%, após o Ministério Público abrir processo para que a Justiça anule o contrato de concessão de linhas férreas no interior do Porto de Santos. A Bovespa anunciou nesta terça-feira a mudança de horário no fechamento do pregão, que no dia 17 de outubro passa a ser às 18 horas em decorrência do início do horário de verão no Brasil.
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De olho no plano 2
A Petrobras animou investidores nesta terça-feira após a divulgação de seu plano para o período 2017-2021. A companhia anunciou que os investimentos devem diminuir 25% no período, prevendo gastar 74,1 bilhões de dólares. O plano prevê arrecadar 19,5 bilhões de dólares nos próximos dois anos com a venda de ativos. No biênio de 2015-2016, o intuito era arrecadar cerca de 15 bilhões de dólares, mas apenas 4,6 bilhões foram vendidos — está em andamento uma operação de venda da rede de gasodutos para a Brookfield por 5,2 bilhões de dólares. A Petrobras planeja antecipar para 2018 a meta da redução de alavancagem para 2,5 vezes, valor considerado ideal por agências avaliadoras. As ações preferenciais fecharam em alta de 3,52%.
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De olho no dólar
A moeda americana fechou em queda de 0,53% nesta terça-feira, retornando à cotação de 3,26 reais. Influenciou sobre a moeda a reunião do Fed, banco central americano, que se reúne na quarta-feira para discutir mudanças na taxa básica de juro. A percepção geral é que o Fed está reticente e não deve efetuar a mudança na taxa. Na onda do dólar, exportadoras operaram em queda no pregão. Diante disso, as fabricantes de papel e celulose Fibria e Suzano tiveram algumas das maiores perdas do Ibovespa, 4,13% e 2,83%.
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O retorno da confiança
A confiança da indústria teve uma alta acima do esperado em setembro e fechou em 53,7 pontos, 2,2 pontos acima da medição de agosto, chegando ao maior patamar desde janeiro 2014, segundos dados da Confederação Nacional da Indústria. No final de 2015, o índice atingiu os piores valores da série histórica. O índice registrou um aumento de 16,8 pontos nos últimos cinco meses. O aumento da confiança é resultado da baixa produção e do término do processo de afastamento da ex-presidente Dilma Rousseff e da condução de Michel Temer à Presidência. Por outro lado, ainda segundo a CNI, a utilização da capacidade instalada na indústria está nos piores patamares: apenas 76,9% do maquinário está em uso na indústria nacional. O dado indica que há uma capacidade ociosa na produção, aguardando melhora na confiança do consumidor e melhores índices de compra.
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Estrela brilha
A fabricante de brinquedos Estrela teve forte alta no pregão nesta terça-feira. As ações preferenciais encerraram o dia em alta de 14,93%, chegando a subir até 23%, após anúncio de que a companhia abrirá uma fábrica em Assunção, no Paraguai, que deve fornecer peças e brinquedos para a Estrela e para outras fabricantes na América do Sul, reduzindo os custos de importação da China. Em comunicado, a empresa afirmou que a responsabilidade da nova operação está a cargo dos administradores e que não foram feitos investimentos financeiros por parte da companhia. A Estrela está há quase cinco décadas no mercado de ações.