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Pimco se torna investidor de risco em swap de dívida da OGX

A Pimco e a BlackRock estavam entre principais credores que negociaram acordo anunciado pela Óleo Gás Participações S.A. em 24 de dezembro, disse fonte

Sede da OGX: segundo preço de encerramento de ontem, participação de 25% dos credores vale R$ 177,97 milhões, aproximadamente 1,3% da dívida (Sérgio Moraes/Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 27 de dezembro de 2013 às 15h53.

A Pacific Investment Management Co. e a BlackRock Inc. estão prontas para assumir as fracassadas ambições petroleiras de Eike Batista enquanto os credores aceitam perdas de até 99% por US$ 5,8 bilhões em dívida em troca de participação acionária.

As companhias estavam entre os principais credores que negociaram o acordo anunciado pela Óleo Gás Participações S.A. de Batista em 24 de dezembro, disse uma fonte do setor, que solicitou anonimato porque as negociações são privadas.

Conforme o acordo, os credores da companhia com sede no Rio de Janeiro, anteriormente conhecida como OGX , incluindo os donos de US$ 3,6 bilhões dos títulos de pior desempenho neste ano, obterão uma participação acionária de 90%.

O acordo, que ocorre após o começo da produção no campo da Óleo Gás em Tubarão Martelo, evita uma falência que poderia ter cancelado uma licença para a única fonte de receita da companhia.

Os detentores de títulos que acreditaram na promessa de Batista de produzir 1,4 milhões de barris diários até 2019 ficam com uma empresa que agora visa menos de 3% dessa meta depois do maior default corporativo na história da América Latina.

“Os detentores de títulos disseram ‘Vamos financiar a companhia, mas ficaremos com uma parte maior e decidiremos como ela vai funcionar’”, disse Fabiano Santin, analista da Kondor Invest, em entrevista por telefone de São Paulo.

Entre os credores que se tornarão acionistas está a OSX Brasil SA, a companhia de serviços de petróleo criada por Batista como fornecedora da OGX, que ele ainda controla. A Óleo Gás não respondeu a questões por e-mail sobre o tamanho do desconto que os detentores de títulos aceitarão no acordo e como a alteração de titularidade afetará sua equipe de gestão.

Conforme a proposta, um grupo de detentores de títulos emitidos pela unidade OGX Austria GmbH se comprometará a investir entre US$ 200 milhões e US$ 215 milhões na forma de financiamento debtor-in-posession em troca de 65% da nova companhia sob um swap de dívida por ações, disse a Óleo Gás em um documento regulatório em 24 de dezembro.


Os detentores de títulos não envolvidos no acordo de financiamento e outros credores, incluindo a OSX e fornecedores de equipamentos e serviços, obterão uma participação de 25% na nova companhia em troca da dívida de US$ 5,8 bilhões.

Fração da dívida

Segundo o preço de encerramento de ontem, a participação de 25% dos credores vale R$ 177,97 milhões (US$ 75,62 milhões), aproximadamente 1,3% da dívida de US$ 5,8 bilhões.

A Óleo Gás também espera obter um empréstimo ponte de US$ 15 milhões ainda nesta semana e mais US$ 35 milhões no começo do mês que vem, disse Eduardo Munhoz, sócio no escritório de advocacia Mattos Filho Veiga Filho Marrey Jr. Quiroga Advogados, que representa a companhia no caso de proteção contra falência.

A proposta ainda deve ser aprovada pelos credores e pelo tribunal responsável pelo plano de proteção contra falência da companhia. O acordo deixaria aos atuais acionistas uma participação de 10% na companhia, segundo o comunicado.

Tubarão Martelo

A exploradora de petróleo planeja cobrir custos com a receita gerada no campo de Tubarão Martelo, disse o presidente Paulo Narcélio em uma apresentação para investidores em 17 de dezembro. A companhia espera encerrar 2014 com uma posição de caixa negativa de US$ 116 milhões, mesmo com a receita do campo de Tubarão Martelo, segundo documentos publicados ontem no seu site.

A companhia também procurará financiar ou adiar pagamentos por US$ 152 milhões aos seus sócios no bloco de petróleo offshore BS-4, segundo os documentos no seu site.

“Para Batista, isso permite que a companhia continue”, disse Russell Dallen, chefe de operadores da Caracas Capital Markets. “É o melhor resultado para ele”.

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A Pacific Investment Management Co. e a BlackRock Inc. estão prontas para assumir as fracassadas ambições petroleiras de Eike Batista enquanto os credores aceitam perdas de até 99% por US$ 5,8 bilhões em dívida em troca de participação acionária.

As companhias estavam entre os principais credores que negociaram o acordo anunciado pela Óleo Gás Participações S.A. de Batista em 24 de dezembro, disse uma fonte do setor, que solicitou anonimato porque as negociações são privadas.

Conforme o acordo, os credores da companhia com sede no Rio de Janeiro, anteriormente conhecida como OGX , incluindo os donos de US$ 3,6 bilhões dos títulos de pior desempenho neste ano, obterão uma participação acionária de 90%.

O acordo, que ocorre após o começo da produção no campo da Óleo Gás em Tubarão Martelo, evita uma falência que poderia ter cancelado uma licença para a única fonte de receita da companhia.

Os detentores de títulos que acreditaram na promessa de Batista de produzir 1,4 milhões de barris diários até 2019 ficam com uma empresa que agora visa menos de 3% dessa meta depois do maior default corporativo na história da América Latina.

“Os detentores de títulos disseram ‘Vamos financiar a companhia, mas ficaremos com uma parte maior e decidiremos como ela vai funcionar’”, disse Fabiano Santin, analista da Kondor Invest, em entrevista por telefone de São Paulo.

Entre os credores que se tornarão acionistas está a OSX Brasil SA, a companhia de serviços de petróleo criada por Batista como fornecedora da OGX, que ele ainda controla. A Óleo Gás não respondeu a questões por e-mail sobre o tamanho do desconto que os detentores de títulos aceitarão no acordo e como a alteração de titularidade afetará sua equipe de gestão.

Conforme a proposta, um grupo de detentores de títulos emitidos pela unidade OGX Austria GmbH se comprometará a investir entre US$ 200 milhões e US$ 215 milhões na forma de financiamento debtor-in-posession em troca de 65% da nova companhia sob um swap de dívida por ações, disse a Óleo Gás em um documento regulatório em 24 de dezembro.


Os detentores de títulos não envolvidos no acordo de financiamento e outros credores, incluindo a OSX e fornecedores de equipamentos e serviços, obterão uma participação de 25% na nova companhia em troca da dívida de US$ 5,8 bilhões.

Fração da dívida

Segundo o preço de encerramento de ontem, a participação de 25% dos credores vale R$ 177,97 milhões (US$ 75,62 milhões), aproximadamente 1,3% da dívida de US$ 5,8 bilhões.

A Óleo Gás também espera obter um empréstimo ponte de US$ 15 milhões ainda nesta semana e mais US$ 35 milhões no começo do mês que vem, disse Eduardo Munhoz, sócio no escritório de advocacia Mattos Filho Veiga Filho Marrey Jr. Quiroga Advogados, que representa a companhia no caso de proteção contra falência.

A proposta ainda deve ser aprovada pelos credores e pelo tribunal responsável pelo plano de proteção contra falência da companhia. O acordo deixaria aos atuais acionistas uma participação de 10% na companhia, segundo o comunicado.

Tubarão Martelo

A exploradora de petróleo planeja cobrir custos com a receita gerada no campo de Tubarão Martelo, disse o presidente Paulo Narcélio em uma apresentação para investidores em 17 de dezembro. A companhia espera encerrar 2014 com uma posição de caixa negativa de US$ 116 milhões, mesmo com a receita do campo de Tubarão Martelo, segundo documentos publicados ontem no seu site.

A companhia também procurará financiar ou adiar pagamentos por US$ 152 milhões aos seus sócios no bloco de petróleo offshore BS-4, segundo os documentos no seu site.

“Para Batista, isso permite que a companhia continue”, disse Russell Dallen, chefe de operadores da Caracas Capital Markets. “É o melhor resultado para ele”.

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