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PIB da China impulsiona commodities e dólar cai 0,3%

A segunda maior economia do mundo registrou o sexto trimestre seguido de desaceleração

Real e dólar: às 11h53, a moeda norte-americana recuava 0,27 por cento, para 2,0340 reais (David Siqueira/Stock.xchng)
DR

Da Redação

Publicado em 13 de julho de 2012 às 13h19.

O dólar registrava queda ante o real nesta sexta-feira, após dados da China em linha com as expectativas do mercado levarem a uma alta nos preços das commodities e à valorização de moedas de países exportadores dependentes do gigante asiático.

Às 11h53, a moeda norte-americana recuava 0,27 por cento, para 2,0340 reais. O dólar australiano, que também é dependente da demanda chinesa como o Brasil, tinha ganhos de 0,86 por cento ante a divisa dos Estados Unidos.

A atividade econômica da China expandiu 7,6 por cento no segundo trimestre na comparação com o mesmo período do ano passado, coincidindo com as previsões de analistas. Mesmo assim, esse resultado marcou o sexto trimestre seguido de desaceleração da segunda maior economia do mundo.

"O mercado procura uma notícia que não seja totalmente negativa, e hoje há aquela ideia de que o PIB chinês poderia ter sido pior", afirmou o diretor-executivo da NGO Corretora, Sidnei Nehme.

"Qualquer resquício de que a China vai continuar comprando alimenta uma alta dos preços das commodities e, portanto, o real valoriza", emendou.

O índice Thomson Reuters-Jefferies CRB, que reúne uma cesta das principais commodities, registrava alta de mais de 1 por cento.

Nehme, no entanto, destacou que esse otimismo não é justificável e que, portanto, o recuo do dólar ante o real deve ser pontual. "Não há razão para que as commodities subam num cenário tão deprimente na Europa, nos Estados Unidos e também na China... O mercado sempre reage, mas (esse movimento) não é sustentável", disse o diretor-executivo.

De acordo com um economista sênior de um banco internacional, que prefere não ser identificado, perspectivas de que a economia chinesa pode evitar uma desaceleração forte e que o país manterá a demanda por importações beneficiaria a balança comercial brasileira e atrairia fluxos para o Brasil. Mas ele destacou que, apesar do otimismo, o crescimento econômico da China continua preocupante.

"Essa euforia no mercado é incoerente, porque os dados são ruins. Mas como vieram em linha com as expectativas, alimentou o apetite por risco", disse o economista.

Para ambos os profissionais, a tendência do dólar continua sendo de alta em relação ao real, uma vez que a situação econômica internacional é grave e continuará ferindo o sentimento dos investidores. Por isso, acreditam que a divisa dos Estados Unidos deverá voltar a se aproximar de 2,10 reais.

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O dólar registrava queda ante o real nesta sexta-feira, após dados da China em linha com as expectativas do mercado levarem a uma alta nos preços das commodities e à valorização de moedas de países exportadores dependentes do gigante asiático.

Às 11h53, a moeda norte-americana recuava 0,27 por cento, para 2,0340 reais. O dólar australiano, que também é dependente da demanda chinesa como o Brasil, tinha ganhos de 0,86 por cento ante a divisa dos Estados Unidos.

A atividade econômica da China expandiu 7,6 por cento no segundo trimestre na comparação com o mesmo período do ano passado, coincidindo com as previsões de analistas. Mesmo assim, esse resultado marcou o sexto trimestre seguido de desaceleração da segunda maior economia do mundo.

"O mercado procura uma notícia que não seja totalmente negativa, e hoje há aquela ideia de que o PIB chinês poderia ter sido pior", afirmou o diretor-executivo da NGO Corretora, Sidnei Nehme.

"Qualquer resquício de que a China vai continuar comprando alimenta uma alta dos preços das commodities e, portanto, o real valoriza", emendou.

O índice Thomson Reuters-Jefferies CRB, que reúne uma cesta das principais commodities, registrava alta de mais de 1 por cento.

Nehme, no entanto, destacou que esse otimismo não é justificável e que, portanto, o recuo do dólar ante o real deve ser pontual. "Não há razão para que as commodities subam num cenário tão deprimente na Europa, nos Estados Unidos e também na China... O mercado sempre reage, mas (esse movimento) não é sustentável", disse o diretor-executivo.

De acordo com um economista sênior de um banco internacional, que prefere não ser identificado, perspectivas de que a economia chinesa pode evitar uma desaceleração forte e que o país manterá a demanda por importações beneficiaria a balança comercial brasileira e atrairia fluxos para o Brasil. Mas ele destacou que, apesar do otimismo, o crescimento econômico da China continua preocupante.

"Essa euforia no mercado é incoerente, porque os dados são ruins. Mas como vieram em linha com as expectativas, alimentou o apetite por risco", disse o economista.

Para ambos os profissionais, a tendência do dólar continua sendo de alta em relação ao real, uma vez que a situação econômica internacional é grave e continuará ferindo o sentimento dos investidores. Por isso, acreditam que a divisa dos Estados Unidos deverá voltar a se aproximar de 2,10 reais.

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