PIB da China, Fed mais duro, vendas do varejo e follow-on do Inter: 4 assuntos que movem o mercado
Crescimento da China volta a decepcionar e bolsa de Xangai fecha em queda de mais de 2%
Repórter
Publicado em 17 de janeiro de 2024 às 08h43.
Última atualização em 17 de janeiro de 2024 às 08h46.
A aversão ao risco predomina no mercado internacional nesta quarta-feira, 17, tendo no radar declarações mais contracionistas de banqueiros centrais e uma série de dados decepcionantes da economia chinesa. Bolsas da Europa caem mais de 1% nesta manhã.
Dados da China
Divulgado na última noite, o Produto Interno Bruto (PIB) da China terminou 2023 em 5,2%, abaixo do consenso de 5,3%. No trimestre, o crescimento foi de 1%. Já a maior surpresa negativa ficou com as vendas do varejo, que tiveram alta de 7,4% em dezembro ante projeção de 8%. A taxa de desemprego subiu de 5% para 5,1%.
Os números mais fracos aumentam ainda mais a pressão por novos estímulos chineses. Nesta semana, o banco central chinês optou por manter a taxa de juros de um ano inalterada, contrariando a expectativa por queda de juros. A desvalorização do iuane chinês foi de 8% frente ao dólar no ano passado. A bolsa de Xangai caiu 2,09% nesta madrugada.
Fed mais duro
Os dados negativos somam-se ao pessimismo gerado pelas falas duras do membro do Federal Reserve (Fed) Christopher Waller, em Davos. Ontem, Waller freou as estimativas mais otimistas para cortes de juros nos Estados Unidos, derrubando bolsas do mundo inteiro.
"Com a atividade econômica e os mercados de trabalho indo bem e a inflação recuando gradualmente para 2%, não vejo razão para avançar tão rapidamente neste ciclo ou cortar tão rapidamente [a taxa de juros] como no passado", afirmou.
Vendas do varejo
Nesta quarta, ainda serão divulgadas as vendas do varejo brasileiro e americano referentes aos meses de novembro e dezembro, respectivamente. No Brasil, a expectativa é de uma alta mensal de 0,1% e, nos Estados Unidos, de 0,4%.
Follow-on do Inter
O Inter informou na última noite ter iniciado nos Estados Unidos o processo de follow-on de 32.000.000 ações de Classe A. Os recursos obtidos com a oferta, segundo o Inter, serão utilizados "para fins corporativos gerais". De acordo com o Exame Insight, a oferta teria o objetivo de aumentar a liquidez das ações na Nasdaq.