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Petróleo tem baixa, com pouca influência da Venezuela

A morte, na terça-feira (05), do presidente da Venezuela, Hugo Chávez, criou especulações sobre o futuro do país no mercado de petróleo e gerou alta nos preços


	Às 8h31 (de Brasília), o petróleo para abril negociado na Nymex caía 0,11%, para US$ 90,72 por barril
 (Getty Images)

Às 8h31 (de Brasília), o petróleo para abril negociado na Nymex caía 0,11%, para US$ 90,72 por barril (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 6 de março de 2013 às 09h23.

Londres - Os contratos futuros de petróleo operam em baixa e, embora o noticiário macroeconômico não esteja provocando movimentos fortes, ele está sendo observado de perto pelos participantes do mercado.

A morte, na terça-feira (05), do presidente da Venezuela, Hugo Chávez, criou especulações sobre o futuro do país no mercado de petróleo e gerou alta nos preços durante a sessão asiática.

Mas a influência da notícia diminuiu no início da manhã desta quarta-feira. Às 8h31 (de Brasília), o petróleo para abril negociado na Nymex caía 0,11%, para US$ 90,72 por barril, enquanto o brent para abril recuava 0,22% na ICE, para US$ 111,36 por barril.

A Venezuela possui 17,9% das reservas globais provadas da commodity, à frente da Arábia Saudita, que tem 16,1%, e do Canadá, que tem 10,6%, de acordo com dados do fim de 2011 citados por Ole Hansen, analista do Saxo Bank.

Apesar de não prever que a Venezuela se abra para investimentos estrangeiros em breve, Hansen afirmou que há um "grande potencial". A criação de um excedente de petróleo no Golfo do México e o potencial de um setor exportador de petróleo que rivalize com o do Canadá são possíveis tendências de longo prazo, segundo Hansen.

Entre as notícias relacionadas aos fundamentos do mercado de petróleo, o campo Buzzard, no Mar do Norte, que vinha produzindo abaixo da capacidade na semana passada, está agora extraindo mais de 200 mil barris por dia, informou a operadora do campo, a Nexen. A produção menor dava suporte para o preço do brent, que oscila entre US$ 109 e US$ 113 por barril nos últimos seis meses.

Na Nigéria, a decisão da Shell de fechar um oleoduto que transporta 150 mil barris diários deu ao brent um leve impulso nesta quarta-feira, mas operadores do oeste da África afirmaram que dificilmente isso afetará os preços até que a duração do fechamento fique mais clara.

"Hoje os participantes do mercado deverão prestar atenção nos fundamentos nos EUA, onde o Departamento de Energia publica os dados semanais sobre estoques de petróleo", observou Andrey Kryuchenkov, analista do VTB Capital, acrescentando que um relatório com números divergentes terá "reação neutra no mercado". As informações são da Dow Jones.

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