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Petróleo sobe com o menor estoque em Cushing em 6 anos

Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo para julho fechou com ganhos de US$ 0,86 (0,84%), a US$ 103,58 por barril


	Petróleo: preocupações com Ucrânia e Líbia também ofereceram algum suporte às cotações
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Petróleo: preocupações com Ucrânia e Líbia também ofereceram algum suporte às cotações (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 29 de maio de 2014 às 18h05.

Nova York - Os contratos futuros de petróleo fecharam em alta nesta quinta-feira, 29, impulsionados pela notícia de que os estoques em um importante ponto de entrega física nos Estados Unidos diminuíram para o menor patamar em seis anos.

Preocupações com a Ucrânia e com a Líbia também ofereceram algum suporte às cotações.

Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo para julho fechou com ganhos de US$ 0,86 (0,84%), a US$ 103,58 por barril.

Enquanto isso, o Brent para julho terminou com alta de US$ 0,16 (0,15%), a US$ 109,97 por barril, na IntercontinentalExchange (ICE).

De acordo com o Departamento de Energia (DoE, na sigla em inglês) norte-americano, os estoques de petróleo em Cushing - ponto de entrega física dos contratos negociados na New York Mercantile Exchange (Nymex) - caíram 1,525 milhão de barris na semana encerrada em 23 de maio, para 21,691 milhões de barris, menor nível desde 2008.

Operadores focaram nesse número, ainda que os estoques totais de petróleo tenham aumentado 1,657 milhão de barris, acima do previsto pelo mercado (+100 mil).

Os estoques em Cushing caíram em 16 das últimas 17 semanas e já diminuíram em mais de 20 milhões de barris desde o fim de janeiro, quando um novo gasoduto foi inaugurado para enviar petróleo do local para as refinarias ao longo da costa do Golfo.

"Se a oferta de petróleo no ponto de entrega cai, isso é mais importante do que um aumento nos estoques gerais de petróleo", disse Jim Ritterbusch, presidente da empresa de consultoria em energia Ritterbusch & Associates.

Ritterbusch estimou que os estoques em Cushing podem atingir os níveis mínimos operacionais, ou seja, o menor patamar em que é possível bombear o produto facilmente para fora do ponto de armazenamento, perto de 20 milhões de barris.

Além disso, apesar do alívio de parte dos temores com a Ucrânia após a eleição do empresário Petro Poroshenko para a presidência do país, a violência no leste do país não dá trégua, o que contribuiu para a valorização do petróleo.

Hoje, em Slaviansk, um helicóptero militar da Ucrânia caiu após novos conflitos contra rebeldes pró-russos. Pelo menos 14 soldados morreram, segundo o governo interino.

Enquanto isso, Poroshenko disse hoje que a parte econômica do pacto com a União Europeia será assinada logo após a tomada de posse como presidente no próximo mês. A Rússia se opõe fortemente à assinatura do tratado.

Na Líbia, as tensões persistem. O porta-voz da estatal National Oil Company (NOC) Mohamed El-Harari disse em Londres que os problemas na indústria de petróleo da Líbia custaram ao país US$ 22 bilhões de dinares (US$ 17,8 bilhões) desde julho.

Em um fórum de petróleo e gás, ele salientou que a produção do país está em 155 mil barris por dia, cerca de 10% do nível normal.

A produção também ficou abaixo dos 250 mil barris por dia observados um mês atrás em virtude da paralisação do terminal de al-Hariga, no leste. Fonte: Dow Jones Newswires.

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