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Da Redação
Publicado em 10 de janeiro de 2011 às 17h52.
Por Gustavo Nicoletta
Nova York - Os preços dos contratos futuros do petróleo fecharam em alta, após a constatação de um vazamento em um oleoduto no Alasca, que forçou as empresas petrolíferas da região a diminuírem a produção, gerando receios de escassez da commodity principalmente na parte oeste dos EUA.
O contrato do petróleo para fevereiro negociado na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex, na sigla em inglês) subiu US$ 1,22, ou 1,39%, para US$ 89,25 por barril. Na plataforma ICE, o contrato do petróleo para fevereiro teve alta de US$ 2,37, ou 2,54%, para US$ 95,70 por barril.
No sábado, a Alyeska Pipeline, que opera o oleoduto Trans Alaska, desligou o sistema após funcionários descobrirem um vazamento. Isso forçou companhias como a BP e a ExxonMobil a interromperem quase inteiramente a produção na Encosta Norte do Alasca, onde são extraídos diariamente 630 mil barris de petróleo, ou o equivalente a 9% da produção da commodity nos EUA.
A notícia impulsionou o valor do barril para US$ 89,98, mas posteriormente o preço recuou diante da perspectiva de uma solução rápida para o problema, o que diminuiria o impacto sobre o fornecimento. Segundo uma fonte próxima aos planos da Alyeska, o petróleo deve voltar a fluir pelos dutos nos próximos dias. "Eles vão tentar religar nesta semana. Há uma série de variáveis, mas pode ser antes de sexta-feira", afirmou a fonte.
As refinarias da Costa Oeste dos EUA, que são parcialmente abastecidas pela produção do Alasca, disseram que poderiam recorrer a estoques e a outros fornecedores para contornar a escassez de petróleo no curto prazo. Segundo a Chevron, também há milhões de barris da commodity disponíveis em Valdez, terminal petrolífero localizado no sul do Alasca. As informações são da Dow Jones.