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Petróleo recua mais de 1% no aguardo da cúpula da UE

Além da União Europeia, na Noruega há greves em campos de petróleo e no Golfo do México a tempestade tropical Debby já levou ao fechamento de plataformas norte-americanas

Plataforma de petróleo no Golfo do México: participantes do mercado vão aguardar a cúpula da UE com ansiedade (AFP)

Plataforma de petróleo no Golfo do México: participantes do mercado vão aguardar a cúpula da UE com ansiedade (AFP)

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Da Redação

Publicado em 25 de junho de 2012 às 09h12.

Londres - Os contratos futuros de petróleo operam em baixa, acompanhando o desempenho das bolsas europeias, enquanto os investidores se mostram cautelosos com o progresso que os líderes da União Europeia poderão fazer em relação à crise de dívida da zona do euro na reunião de cúpula marcada para quinta e sexta-feira.

Ole Hansen, gerente de futuros de renda fixa do Saxo Bank, afirmou que o sentimento no mercado de petróleo é negativo, dando continuidade ao pessimismo visto na semana passada após a reunião de política monetária do Federal Reserve e em razão das preocupações com o crescimento da economia global. "Não consigo pensar em nada nesta semana que seja um grande fator de suporte para os preços", disse Hansen.

Participantes do mercado vão aguardar a cúpula da UE com ansiedade, embora haja ceticismo quanto a uma solução para a crise. Além disso, o dólar opera em alta diante do euro, o que contribui para a pressão sobre os contratos de petróleo, que são denominados na moeda norte-americana e se tornam mais caros quando ela se valoriza.

Os problemas na oferta de petróleo na Europa e nos EUA também estão sendo observados de perto. Na Noruega há greves em campos de petróleo e no Golfo do México a tempestade tropical Debby já levou ao fechamento de plataformas norte-americanas.

No entanto, "há dúvidas sobre se isso será suficiente para provocar uma reversão na tendência dos preços, já que essas deficiências de oferta são apenas temporárias e o superávit de oferta ainda é considerável", afirmaram analistas do Commerzbank. "O que ajudaria no longo prazo seria um corte na produção dos membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), da Arábia Saudita em particular."

Às 7h50 (horário de Brasília), o WTI para agosto caía 1,02% na Nymex, para US$ 78,95 por barril, e o brent para agosto recuava 1,14% na ICE, para US$ 89,92 por barril. As informações são da Dow Jones.

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