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Petróleo opera em queda, com dólar forte e à espera da Opep

Mercado vive a expectativa pelos resultados da reunião desta semana da Organização dos Países Exportadores de Petróleo sobre cortes de produção

Petróleo: preços avançaram mais de 20% desde setembro, diante da expectativa de uma extensão no acordo (foto/Getty Images)

Petróleo: preços avançaram mais de 20% desde setembro, diante da expectativa de uma extensão no acordo (foto/Getty Images)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 28 de novembro de 2017 às 09h47.

Nova York - Os contratos futuros de petróleo operam em baixa na manhã desta terça-feira. A commodity é pressionada pelo dólar mais forte e também há expectativa pelos resultados da reunião desta semana da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep).

Às 9h32 (de Brasília), o petróleo WTI para janeiro caía 0,88%, a US$ 57,60 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), e o Brent para fevereiro, contrato mais líquido, recuava 0,76%, a US$ 62,90 o barril, na ICE.

No câmbio, o dólar está um pouco mais forte em relação a outras moedas fortes. Esse movimento torna o óleo mais caro para os detentores de outras divisas e prejudica a demanda dos investidores.

Além disso, há expectativa pela reunião da Opep. O cartel e outros países de fora do grupo, como a Rússia, decidem na quinta-feira se estenderão o prazo do acordo em vigor para cortar a oferta. Atualmente, a iniciativa tem fim previsto para março, mas investidores acreditam que ela poderia vigorar até dezembro de 2018.

Na avaliação de Norbert Rücker, diretor de pesquisas em macro e commodities do Julius Baer, é preciso manter a cautela sobre os preços do petróleo, em meio a sinais de que a produção de xisto continua a manter força nos EUA.

Analista de commodities do UBS Wealth Management, Giovanni Staunovo sustenta que ainda não está claro se haverá acordo entre todos os envolvidos para manter o acordo até o fim do próximo ano, como o mercado espera.

Segundo ele, haverá atenção também sobre eventuais sinais de uma "estratégia de saída" do acordo e se o cartel pressionará Líbia e Nigéria a também participar da iniciativa.

Os dois países foram excluídos anteriormente, por enfrentarem problemas com distúrbios civis e na sua infraestrutura do setor.

A consultoria JBC Energy diz que o resultado mais provável é a prorrogação do acordo por mais seis ou nove meses.

Já Tamas Varga, analista da corretora PVM Oil Associates, disse que qualquer coisa que não seja uma extensão por nove meses pode gerar desapontamento e provocar uma forte saída de investidores do mercado.

Os preços do petróleo avançaram mais de 20% desde setembro, diante da expectativa de uma extensão no acordo, bem como por alguns episódios que elevaram o risco geopolítico.

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