Mercados

Petróleo nos EUA deverá subir mais que Brent em 2013

Pesquisa projetou o Brent em US$ 109,70 por barril, em média, em 2013, em queda ante os US$ 111,70 do ano passado


	Exploração de petróleo: mercado norte-americano de petróleo pode ser ligeiramente mais forte do que outros mercados, particularmente no início do ano
 (Getty Images)

Exploração de petróleo: mercado norte-americano de petróleo pode ser ligeiramente mais forte do que outros mercados, particularmente no início do ano (Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 28 de janeiro de 2013 às 10h01.

O preço do petróleo nos Estados Unidos deve subir mais que o Brent neste ano, mostrou uma pesquisa da Reuters com analistas, com um aumento na disponibilidade global e incertezas econômicas pesando na cotação de referência para o Mar do Norte.

Pesquisa mensal da Reuters com 30 analistas projetou o Brent em 109,70 dólares por barril, em média, em 2013, em queda ante os 111,70 dólares do ano passado.

Já o petróleo leve dos EUA deverá ficar em 96,40 dólares por barril, em média, neste ano, em alta de 2,50 dólares ante a projeção do mês passado e acima da média de 2012, de 94,15 dólares.

"A demanda mundial por petróleo deve aumentar gradualmente. Isso ficará em linha com as nossas projeções de crescimento econômico. No entanto, uma vez que oferta mundial deve aumentar em um ritmo parecido ou até mais rápido, o impacto sobre os preços do petróleo deve ser nulo (ou podem até ser negativos)", disse Hans van Cleef, economista especializado em energia do ABN Amro.

Vários analistas argumentam que o mercado norte-americano de petróleo pode ser ligeiramente mais forte do que outros mercados, particularmente no início do ano.

"Enquanto os estoques aumentaram nos últimos meses, atrasos causados pelo clima na América do Norte, por temperaturas mais frias que o normal, poderiam pesar sobre os suprimentos no primeiro trimestre", disse Chris Tevere, analista do GAIN Capital.

Tevere espera que os futuros do petróleo nos EUA fiquem em 93 dólares por barril em média em 2013.

Sem quedas nos preços

A pesquisa prevê que os preços do petróleo Brent fiquem na média em 107,10 dólares por barril em 2014, e 107,10 dólares em 2015.


Para onze analistas, o Brent ficaria em média acima dos 110 dólares por barril em 2013, a mediana das projeções. Na pesquisa do mês anterior, 8 dos analistas pesquisados eram de tal opinião. Dois analistas viram o Brent abaixo dos 100 dólares em 2013, em comparação com três analistas no mês passado.

O Banco Barclays previu o maior preço para o Brent durante a pesquisa, com 125 dólares por barril em 2013, enquanto que a menor expectativa foi da Crisil, de 97,50 dólares por barril.

"Apesar de sinais de renovado crescimento econômico da China, os preços do petróleo devem cair em 2013 e ficar em média entre 98 e 103 dólares por barril devido à fraca demanda global geral e a um aumento da oferta global de petróleo bruto, tanto da Opep quanto de fontes que não da Opep", disse o diretor de pesquisa da Crisil, Rahul Prithiani.

Apesar de uma perspectiva baixista para o Brent, analistas descartaram a possibilidade de uma forte queda nos preços, com muitos dizendo que a Arábia Saudita manteria seu papel como um importante produtor e conservaria os preços do petróleo estável.

"Eu espero alguma pressão sobre os preços do petróleo, mas nenhuma grande queda, uma vez que a queda é protegida pelas necessidades fiscais orçamentárias da Arábia Saudita, que deve colocar um piso para os preços do petróleo", disse van Cleef, do ABN Amro, que espera uma média de 105 dólares por barril neste ano.

Três analista veem 90 dólares por barril para o Brent, uma vez que o limite poderia provocar cortes no abastecimento de membros da Opep, especialmente a Arábia Saudita.

Acompanhe tudo sobre:CommoditiesEnergiaPetróleoPreços

Mais de Mercados

Petrobras cai até 3% com reação ao plano de compra de 40% de campo de petróleo na Namíbia

Ações da Heineken caem após perda de quase US$ 1 bilhão na China

Ibovespa fecha em queda nesta segunda-feira puxado por Petrobras

Entenda por que o mercado ficará de olho no Banco Central do Japão nesta semana

Mais na Exame