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Petróleo fecha no menor nível do ano após dado negativo

A alta taxa de desemprego na zona do euro e a contração da indústria no Reino Unido, assim como outros indicadores, pressionaram os preços da commodity


	Petróleo: o contrato da commodity para abril recuou 1,49% na sessão desta sexta-feira
 (Getty Images)

Petróleo: o contrato da commodity para abril recuou 1,49% na sessão desta sexta-feira (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 1 de março de 2013 às 18h18.

Os contratos futuros de petróleo negociados na New York Mercantile Exchange (Nymex) fecharam no menor nível do ano após dados econômicos negativos desta sexta-feira renovarem preocupações com a economia global e, consequentemente, com a demanda por petróleo.

O contrato de petróleo para abril perdeu US$ 1,37 (1,49%) e fechou a US$ 90,68 o barril, menor nível desde 24 de dezembro. No último mês, os preços caíram mais de US$ 7,00 o barril, ou 7,3%. Já na plataforma eletrônica ICE, o barril do petróleo do tipo Brent para abril recuou US$ 0,98 (0,87%), fechando a US$ 110,40, também o menor nível desde 24 de dezembro.

A decepção com a taxa de desemprego na zona do euro, que atingiu 11,9% em janeiro - o nível mais alto da série histórica - e a inesperada contração da indústria do Reino Unido contribuíram para a preocupação dos investidores. Dados industriais negativos da China aumentaram a pressão, com o PMI caindo para 50,1 fevereiro, ante 50,4 em janeiro. Economistas esperavam um aumento para 50,5. Entre os indicadores norte-americanos, a renda pessoal teve a maior queda em 20 anos, de 3,6%, no primeiro mês de 2013, mais do que o previsto pelos economistas, que esperavam queda de 2,5%.

Enquanto isso, o presidente dos EUA, Barack Obama, não sinalizou o esperado acordo entre a Casa Branca e o Congresso para evitar os cortes automáticos de gastos de US$ 85 bilhões que entraram em vigor nesta sexta-feira. Obama disse hoje que a falta de um acordo resultará em problemas e demissões, mas alertou que os cortes não provocarão uma nova crise financeira.

Analistas afirmam que as possíveis consequências dos cortes à economia dos EUA no curto prazo pioraram a já problemática perspectiva para a demanda do país por petróleo. Os EUA são os maiores consumidores da commodity do mundo. Os preços do petróleo também sofrem pressão dos altos níveis de estoque para esta época do ano. "Temos amplos estoques, mas não estamos vendo uma retomada da demanda", disse Gene McGillian, analista da Tradition Energy. As informações são da Dow Jones.

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