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Petróleo fecha em queda, pressionado por expectativas com Opep

De acordo com analistas, o mercado de petróleo deve viver um período de vendas antes e depois da reunião da Opep

Petróleo: hoje foi o último dia de negociações do WTI para dezembro (John Moore/Getty Images)

Petróleo: hoje foi o último dia de negociações do WTI para dezembro (John Moore/Getty Images)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 20 de novembro de 2017 às 19h40.

São Paulo - Os contratos futuros de petróleo fecharam em queda nesta segunda-feira, pressionados por expectativas com a reunião da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) na semana que vem e pelo dólar valorizado.

O barril do tipo Brent para janeiro, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), fechou em queda de 0,79%, a US$ 62,22 por barril. Já o WTI para o mesmo mês, negociado na New York Mercantile Exchange (Nymex), recuou 0,51%, a US$ 56,71 por barril. Hoje ainda foi o último dia de negociações do WTI para dezembro, que fechou em queda de 0,81%, a US$ 56,55 por barril.

De acordo com analistas da Macquarie, o mercado de petróleo deve viver um período de vendas antes e depois da reunião da Opep, uma vez que o setor está suscetível a alta volatilidade e realização de lucros.

No próximo dia 30, a Opep e produtores de fora do grupo, incluindo a Rússia, vão se reunir para discutir a possibilidade de prorrogar um acordo em vigor desde janeiro que busca reduz a oferta combinada de petróleo em 1,8 milhão de barris por dia. O pacto, que tem o objetivo de reduzir os estoques globais para a média dos últimos cinco anos, vence em março do ano que vem.

A alta do dólar em relação a outras moedas consideradas fortes criou pressão adicional sobre a commodity, já que tornou os barris mais caros para investidores estrangeiros. A moeda apontou alta ante o euro em meio a incertezas políticas geradas após a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, fracassar em construir uma aliança para o próximo mandato.

Também renovou o fôlego do dólar o anúncio de que Janet Yellen vai deixar em fevereiro todas as funções no Federal Reserve (Fed, o banco central americano), mesmo tendo direito a permanecer no conselho da instituição até 2024. A saída de Yellen abre espaço para o presidente dos EUA, Donald Trump, nomear mais um dirigente para o Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês).

Além disso, o mercado também ficou de olho na aprovação pelos reguladores do Estado de Nebraska de um projeto de construção de ma nova parte do oleoduto Keystone, chamada Keystone XL. Desde que foi proposto, em 2008, o Keystone XL enfrentou oposição da parte de proprietários de terra e ativistas, o que atrasou o projeto durante anos.

Em 2015, a gestão Barack Obama rejeitou a construção do oleoduto sob alegações de que ele aumentaria a poluição.

Neste ano, no entanto, o presidente Donald Trump reviveu o projeto e concedeu permissão para que ele fosse levado adiante.

(Com informações da Dow Jones Newswires)

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