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Petróleo fecha em queda, com tempestade tropical Harvey no radar

Do lado da produção, a tempestade tropical não tem sido tão ruim, mas, no lado do refino, devido às chuvas e inundações, ela tem bastante impacto

Petróleo: as empresas de energia ainda avaliam o dano causado pelo Harvey (foto/Getty Images)

Petróleo: as empresas de energia ainda avaliam o dano causado pelo Harvey (foto/Getty Images)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 28 de agosto de 2017 às 16h36.

Nova York - Os contratos futuros de petróleo fecharam em forte queda nesta segunda-feira, 28, com os investidores atentos a notícias relacionadas à tempestade tropical Harvey, que pode causar um excesso de estoques da commodity, devido ao fechamento de diversas refinarias na região do Golfo do México.

Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para outubro fechou em baixa de 2,72%, a US$ 46,57 por barril. Já na Intercontinental Exchange (ICE), o barril do petróleo tipo Brent para o mesmo mês recuou 0,99%, a US$ 51,89.

"Em termos de perda de produção offshore, esta é uma devastação muito menor do que a do furacão Ivan, em 2004, ou do Katrina, em 2005", disse James Williams, economista de energia da WTRG Economics.

No fim da manhã de domingo, cerca de 378 mil barris de petróleo por dia, ou 21,6% da produção da commodity no Golfo do México, foram paralisados, de acordo com uma atualização do Escritório de Segurança e Execução Ambiental.

A perda máxima do Ivan foi de 1 milhão de barris por dia e a perda combinada do Katrina e do Rita, em 2005, foi de mais de 1,5 milhão de barris por dia, de acordo com Williams.

Do lado da produção, o Harvey não tem sido tão ruim, mas, "no lado do refino, devido às chuvas e inundações, ele tem bastante impacto", afirmou.

A refinaria Baytown, da ExxonMobil, que é uma das maiores dos EUA e tem capacidade para processar até 584 mil barris de petróleo bruto por dia, foi fechada devido à tempestade.

O caminho projetado do Harvey inclui uma refinaria ainda maior, em Port Arthur (Texas), que é de propriedade da Saudi Aramco, que produz 600 mil barris de combustível por dia.

As empresas de energia ainda avaliam o dano causado pelo Harvey, que foi rebaixado de furacão para tempestade tropical.

Fonte: Dow Jones Newswires.

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