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Petróleo fecha em queda com temor de demanda menor

O contrato do petróleo WTI mais negociado, com entrega para julho, caiu US$ 0,76 a US$ 83,27 por barril

A Total não deu qualquer previsão sobre as perspectivas de solucionar o problema e sua dimensão financeira (Mikhail Mordasov/AFP)

A Total não deu qualquer previsão sobre as perspectivas de solucionar o problema e sua dimensão financeira (Mikhail Mordasov/AFP)

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Da Redação

Publicado em 18 de junho de 2012 às 17h13.

Nova York - Os contratos futuros de petróleo negociados na New York Mercantile Exchange (Nymex) fecharam em baixa nesta segunda-feira, já que as preocupações com o crescente custo da dívida da Espanha mantiveram os temores de diminuição da demanda pela commodity.

O contrato do petróleo WTI mais negociado, com entrega para julho, caiu US$ 0,76 (0,90%), a US$ 83,27 por barril. Na plataforma eletrônica ICE, o contrato do petróleo tipo Brent, com entrega para agosto, recuou US$ 1,56 (1,60%), a US$ 96,05 por barril.

Os preços do petróleo registraram ganhos no início da sessão, porém entraram em terreno negativo após os participantes do mercado deixarem de lado a vitória na eleição na Grécia do partido a favor dos resgates Nova Democracia e se concentrarem nos problemas mais amplos da Europa, como a crise da dívida da Espanha.

Hoje, o yield (retorno ao investidor) dos bônus de 10 anos da Espanha atingiu o pico de 7,229%, o maior nível desde a implementação do euro, em 1999, na comparação com 6,838% no fim da tarde de sexta-feira. Foi após os yields atingirem 7% que Grécia, Portugal e Irlanda começaram a perder acesso aos mercados financeiros e foram forçados a buscar pacotes de socorro.

Há "temores de que estamos vendo uma recessão europeia", disse Gene McGillian, analista na Tradition Energy. Os preços do petróleo caíram cerca de 25% em relação às máximas deste ano, de US$ 110 por barril.

Além disso, o Irã e um grupo de potências ocidentais se reúne hoje e amanhã em Moscou, na Rússia, para discutir um acordo sobre o programa nuclear do país persa. A diminuição das tensões tira um prêmio do petróleo, resultado dos receios de interrupção no fornecimento do produto iraniano. As informações são da Dow Jones.

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