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Petróleo fecha em alta a US$ 82,66 com queda do dólar

Por Álvaro Campos Nova York - Os contratos futuros de petróleo se recuperaram da queda de ontem e fecharam em alta. A commodity foi impulsionada pela fraqueza do dólar e receios de que uma greve em um terminal petroleiro na França possa prejudicar a oferta. Os contratos de petróleo negociados na Bolsa Mercantil de Nova […]

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Da Redação

Publicado em 8 de outubro de 2010 às 15h12.

Por Álvaro Campos

Nova York - Os contratos futuros de petróleo se recuperaram da queda de ontem e fecharam em alta. A commodity foi impulsionada pela fraqueza do dólar e receios de que uma greve em um terminal petroleiro na França possa prejudicar a oferta.

Os contratos de petróleo negociados na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex, na sigla em inglês) com entrega para novembro fecharam com alta de US$ 0,99 (1,21%), a US$ 82,66 o barril. No acumulado da semana, o ganho do contrato foi de 1,32%. Na plataforma ICE, o petróleo do tipo Brent com entrega para novembro subiu US$ 0,60 (0,72%), fechando a US$ 84,03.

Os preços se recuperaram hoje de uma forte venda ontem, ligada a oscilações do dólar e com investidores realizando lucros após o petróleo atingir o maior nível em cinco meses, acima de US$ 84 o barril.

Hoje, o dólar teve uma queda generalizada após a divulgação dos dados sobre o nível de emprego nos EUA (payroll). Segundo o Departamento do Trabalho, a economia norte-americana cortou 95 mil empregos em setembro. O dado não indica uma forte recuperação econômica, como alguns analistas esperavam. "O dólar continua a ser afetado", disse Tony Rosado, corretor da GA Global Markets. Para Andy LeBow, vice-presidente sênior da MF Global, os dados do payroll elevam as chances de o Federal Reserve continuar a procurar medidas para manter as taxas de juros extremamente baixas e o dólar fraco.

Embora exista alguma preocupação de que a política do Fed já esteja refletida no mercado, o petróleo também ganha suporte da greve nos importantes terminais franceses de Fos e Lavéra, que são o terceiro maior porto de petróleo do mundo. A paralisação já dura 12 dias e está criando uma fila de navios-tanque.

Segundo a petroleira Total, talvez seja preciso interromper a produção no domingo na refinaria de La Mede, que tem capacidade de 158 mil barris por dia. A greve deve continuar amanhã, o que pode aumentar os cortes de produção em algumas refinarias na França, Alemanha e Suíça. Oito refinarias que são abastecidas por meio do porto têm uma capacidade somada de cerca de 1,2 milhão de barris por dia, ou cerca de 10% da produção prevista pela Agência Internacional de Energia nas refinarias da Europa neste trimestre.

Nos EUA, os estoques de petróleo e derivados estão no maior nível em 29 anos para este época do ano. Mas os preços subiram hoje com esperanças de que a greve na França ajude a diminuir o excesso. Mesmo assim, alguns operadores dizem que os altos estoques vão manter um teto sobre os preços, perto do nível de US$ 80 o barril, mesmo com o dólar fraco. As informações são da Dow Jones.

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