Petrobras estima queda de dívida líquida para US$69 bi em 2018
Em 2017, a dívida da estatal ficou em 85 bilhões de dólares, apontando um recuo de 16 bilhões de dólares na dívida
Reuters
Publicado em 10 de setembro de 2018 às 09h40.
São Paulo - A Petrobras informou nesta segunda-feira que estima uma queda na dívida líquida para 69 bilhões de dólares ao final de 2018, ante 85 bilhões de dólares em 2017, à medida que o programa de gestão de endividamento dá resultados.
Além de reduzir a dívida, a estatal está alongando seus débitos, de acordo com apresentação divulgada antes de evento com investidores em São Paulo nesta segunda-feira.
De 2016 até 31 de agosto de 2018, a estatal contabilizou emissões de 22 bilhões de dólares no mercado de capitais internacional, recompras de 28 bilhões de dólares e 7 bilhões de dólares em "exchange", considerando troca de títulos com vencimentos em 2019, 2020 e 2021 para papéis vencendo em 2025 e 2028.
A empresa também relatou 24 bilhões de dólares em captações no mercado bancário no mesmo período, além de 36 bilhões de dólares em pré-pagamentos e a extensão de vencimentos de 6 bilhões de dólares.
A empresa reafirmou que busca redução do indicador de alavancagem, medido pela dívida líquida/Ebitda, para 2,5 vezes, até o nível das suas pares globais.
O endividamento projetado para o final do ano ainda está acima do registrado em 2010 e 2011, de 37 bilhões de dólares e 55 bilhões de dólares, respectivamente, mas abaixo do pico de 106 bilhões de dólares em 2014, quando a empresa sofria os efeitos da operação Lava Jato.
O cronograma de amortizações aponta para um cenário relativamente mais tranquilo nos próximos anos, fruto da gestão do endividamento, na comparação como a perspectiva que se tinha ao final de 2015.
A petroleira ainda previu fluxo de caixa livre de 15 bilhões de dólares em 2018, ante 13,9 bilhões de dólares em 2017. A empresa vem registrando fluxo de caixa livre positivo desde 2015.