Mercados

Petrobras: é hora de olhar para frente, diz Merrill Lynch

Banco avalia cenário eleitoral e diz que ações se beneficiariam com um governo Serra

Banco manteve a recomendação de alocação acima da média para a estatal (Divulgação)

Banco manteve a recomendação de alocação acima da média para a estatal (Divulgação)

DR

Da Redação

Publicado em 19 de outubro de 2010 às 17h05.

São Paulo - "A capitalização e o preço do barril já foram definidos. É hora de olhar para frente". Essa é a postura do Bank of America Merrill Lynch para as ações da Petrobras. Para o banco, as preocupações listadas nos comentários negativos do mercado, ainda que reais, já fazem parte do passado. O BofA reiterou sua recomendação de compra para as ações ordinárias (PETR3) e o preço alvo de 49 reais. 

Segundo o relatório assinado pelos analista Frank McGann e Conrado Vegner, um conjunto de fatores sustenta a avaliação otimista, entre eles a queda recente dos papéis, que desvalorizou  a Petrobras em relação a seus pares, porém com um potencial de retorno bastante superior. Outro fator positivo para a companhia é o ambiente de liquidez e juros baixos nos países desenvolvidos, que cria um panorama favorável para o preço do petróleo.

Eleições

Ainda que o direcionamento dos investimentos da Petrobras, fixados no longo prazo, não sofram maiores alterações com o resultado das eleições do dia 31 de outubro, a estatal teria suas ações beneficiadas por uma vitória do candidato do PSDB José Serra.  "Se o candidato da oposição José Serra sair vencedor, o mercado poderia ver isto positivamente por conta da possibilidade de uma abordagem menos agressiva no desenvolvimento de alguns projetos de baixo retorno", afirma o banco.

O banco ressalta que risco político eleitoral está sempre presente numa empresa controlada pelo governo, principalmente os ligados ao orçamento da empresa. Uma vitória da candidata Dilma Rousseff levaria à continuidade das políticas de investimentos, uma vez que ela foi integrante do conselho de administração da companhia nos últimos oito anos. "Suas opiniões são bastante conhecidas e bastante incorporadas no planejamento estratégico da estatal".

Nova gestão

Outro ponto destacado é a mudança na administração da companhia, que tende a ser alterado, independentemente do candidato vencedor.  Após oito anos da presença de Sérgio Gabrielli (primeiro como diretor financeiro e depois como CEO), a mudança de gestão pode trazer alguma apreensão. No entanto, dada a transparência dos planos e orçamentos da companhia, e da natureza de longo prazo do seu plano de investimentos, a perspectiva de solavancos é baixa.

"Duvidamos que uma mudança de gestão levaria a maiores alterações no programa de crescimento da empresa. Além disso, a Petrobras é agora uma líder global em seu setor, e seu potencial de crescimento é maior do que nunca", ressaltam. 

Acompanhe tudo sobre:AçõesAnálises fundamentalistasBancosCapitalização da PetrobrasEmpresasEmpresas abertasEmpresas brasileirasEmpresas estataisEstatais brasileirasFinançasGás e combustíveisIndústria do petróleoMercado financeiroPetrobrasPetróleo

Mais de Mercados

Petrobras anuncia volta ao setor de etanol

JBS anuncia plano de investimento de US$ 2,5 bilhões na Nigéria

Ibovespa sobe puxado por Petrobras após anúncio de dividendos

Escândalo de suborno nos EUA custa R$ 116 bilhões ao conglomerado Adani