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Pessimismo sobre país é recorde com fantasma de rebaixamento

Segundo pesquisa, apenas 10% dos entrevistados acreditam que o país será capaz de evitar um corte na nota de crédito no próximo ano

Notas de 50 reais em espiral: 51% se dizem pessimistas em relação às políticas de Dilma (Marcos Santos/usp imagens)
DR

Da Redação

Publicado em 21 de novembro de 2013 às 13h56.

Brasília - Os investidores nunca foram tão pessimistas em relação às políticas da presidente Dilma Rousseff, com apenas 10 por cento dos entrevistados pela Pesquisa Global Bloomberg dizendo que o país será capaz de evitar um corte na nota de crédito no próximo ano.

Cinquenta e um se dizem pessimistas em relação às políticas de Dilma, em comparação com 22 por cento quando ela tomou posse em janeiro de 2011, segundo pesquisa feita com 750 analistas, investidores e operadores que são assinantes da Bloomberg.

O segundo maior mercado emergente do mundo oferecerá uma das piores oportunidades ao longo do próximo ano em relação a EUA, o Reino Unido, a União Europeia, o Japão, a Índia, a Rússia e a China, dizem os consultados.

O governo está se esforçando para reativar a economia porque uma inflação acima da meta e a ampliação do déficit orçamentário vão minando a confiança de investidores e consumidores.

Dilma finalizará seu primeiro mandato no ano que vem com a menor expansão do PIB em quatro anos desde 1990, segundo a última consulta a economistas feita pelo Banco Central. Em junho, a Standard Poor’s colocou a nota de crédito do Brasil em perspectiva negativa, citando o fraco crescimento.

“A confiança nas políticas de Dilma Rousseff diminui por uma série de razões, a principal delas é, talvez, a dramática desaceleração do crescimento do PIB real ao mesmo tempo que a inflação permane elevada”, escreveu o pesquisado James Craske, analista global de ações da Victory Capital Management em Nova York, em um e-mail em resposta a questionamentos.

“Estamos underweight sobre o Brasil no momento e provavelmente permaneceremos assim por algum tempo”.

Contas fiscais

Em 8 de novembro, na semana seguinte àquela em que o Brasil registrou seu pior déficit orçamentário desde 2009, a diretora de gestão da S&P, Regina Nunes, disse que um corte de rating do país poderia ocorrer ainda antes se suas contas fiscais piorassem.


A S&P e o Moody’s Investors Service dão à dívida soberana do Brasil o segundo menor grau de investimento, BBB e Baa2 respectivamente.

O crescimento econômico desacelerou de 7,5 por cento em 2010 para 2,7 por cento em 2011 e para 0,9 por cento no ano passado. O PIB aumentará 2,5 por cento neste ano antes de retroceder para 2,1 por cento em 2014, conforme cerca de cem economistas consultados pelo Banco Central em 14 de novembro.

Deteriorando-se

A maior economia da América Latina está se deteriorando na opinião de 43 por cento dos entrevistados pela pesquisa feita em 19 de novembro, frente a apenas 10 por cento que veem a economia melhorando e 27 por cento que enxergam estabilidade.

O País provavelmente ou certamente será rebaixado nos próximos doze meses, segundo 39 por cento dos clientes da Bloomberg que participaram da pesquisa.

Os responsáveis pela política econômica elevaram a taxa Selic em 2,25 pontos porcentuais desde abril até 9,5 por cento, o maior incremento entre as 49 principais economias do mundo acompanhadas pela Bloomberg. Embora a inflação tenha caído durante quatro meses consecutivos, ela continua acima do ponto médio da faixa alvo, entre 2,5 por cento e 6,5 por cento, há três anos.

Apenas 22 por cento dos pesquisados disseram que o Banco Central conseguirá levar inflação para o centro da meta, de 4,5 por cento, ou abaixo disso nos próximos 12 ou 18 meses. A meta será alcançada nos próximos dois ou três anos, de acordo como 37 por cento dos pesquisados.

A pesquisa, realizada pela Selzer Co., empresa de pesquisa de opinião pública com sede em Des Moines, Iowa, tem uma margem de erro de mais ou menos 3,6 pontos porcentuais.

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Brasília - Os investidores nunca foram tão pessimistas em relação às políticas da presidente Dilma Rousseff, com apenas 10 por cento dos entrevistados pela Pesquisa Global Bloomberg dizendo que o país será capaz de evitar um corte na nota de crédito no próximo ano.

Cinquenta e um se dizem pessimistas em relação às políticas de Dilma, em comparação com 22 por cento quando ela tomou posse em janeiro de 2011, segundo pesquisa feita com 750 analistas, investidores e operadores que são assinantes da Bloomberg.

O segundo maior mercado emergente do mundo oferecerá uma das piores oportunidades ao longo do próximo ano em relação a EUA, o Reino Unido, a União Europeia, o Japão, a Índia, a Rússia e a China, dizem os consultados.

O governo está se esforçando para reativar a economia porque uma inflação acima da meta e a ampliação do déficit orçamentário vão minando a confiança de investidores e consumidores.

Dilma finalizará seu primeiro mandato no ano que vem com a menor expansão do PIB em quatro anos desde 1990, segundo a última consulta a economistas feita pelo Banco Central. Em junho, a Standard Poor’s colocou a nota de crédito do Brasil em perspectiva negativa, citando o fraco crescimento.

“A confiança nas políticas de Dilma Rousseff diminui por uma série de razões, a principal delas é, talvez, a dramática desaceleração do crescimento do PIB real ao mesmo tempo que a inflação permane elevada”, escreveu o pesquisado James Craske, analista global de ações da Victory Capital Management em Nova York, em um e-mail em resposta a questionamentos.

“Estamos underweight sobre o Brasil no momento e provavelmente permaneceremos assim por algum tempo”.

Contas fiscais

Em 8 de novembro, na semana seguinte àquela em que o Brasil registrou seu pior déficit orçamentário desde 2009, a diretora de gestão da S&P, Regina Nunes, disse que um corte de rating do país poderia ocorrer ainda antes se suas contas fiscais piorassem.


A S&P e o Moody’s Investors Service dão à dívida soberana do Brasil o segundo menor grau de investimento, BBB e Baa2 respectivamente.

O crescimento econômico desacelerou de 7,5 por cento em 2010 para 2,7 por cento em 2011 e para 0,9 por cento no ano passado. O PIB aumentará 2,5 por cento neste ano antes de retroceder para 2,1 por cento em 2014, conforme cerca de cem economistas consultados pelo Banco Central em 14 de novembro.

Deteriorando-se

A maior economia da América Latina está se deteriorando na opinião de 43 por cento dos entrevistados pela pesquisa feita em 19 de novembro, frente a apenas 10 por cento que veem a economia melhorando e 27 por cento que enxergam estabilidade.

O País provavelmente ou certamente será rebaixado nos próximos doze meses, segundo 39 por cento dos clientes da Bloomberg que participaram da pesquisa.

Os responsáveis pela política econômica elevaram a taxa Selic em 2,25 pontos porcentuais desde abril até 9,5 por cento, o maior incremento entre as 49 principais economias do mundo acompanhadas pela Bloomberg. Embora a inflação tenha caído durante quatro meses consecutivos, ela continua acima do ponto médio da faixa alvo, entre 2,5 por cento e 6,5 por cento, há três anos.

Apenas 22 por cento dos pesquisados disseram que o Banco Central conseguirá levar inflação para o centro da meta, de 4,5 por cento, ou abaixo disso nos próximos 12 ou 18 meses. A meta será alcançada nos próximos dois ou três anos, de acordo como 37 por cento dos pesquisados.

A pesquisa, realizada pela Selzer Co., empresa de pesquisa de opinião pública com sede em Des Moines, Iowa, tem uma margem de erro de mais ou menos 3,6 pontos porcentuais.

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