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Pessimismo com cena local leva bolsa abaixo de 45 mil pontos

O pessimismo em relação ao quadro doméstico estressou outros ativos financeiros mais cedo, com o dólar encostando em 4,25 reais


	Bolsas: de acordo com profissionais do mercado de renda variável consultados pela Reuters, os ativos locais estão reagindo particularmente às incertezas sobre o quadro fiscal e aprofundamento da deterioração da economia, em meio a um ambiente político instável.
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Bolsas: de acordo com profissionais do mercado de renda variável consultados pela Reuters, os ativos locais estão reagindo particularmente às incertezas sobre o quadro fiscal e aprofundamento da deterioração da economia, em meio a um ambiente político instável. (thinkstock)

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Da Redação

Publicado em 24 de setembro de 2015 às 13h09.

O tom negativo seguia na Bovespa nesta quinta-feira, com o cenário externo desfavorável e preocupações persistentes sobre a situacão política e econômica do país, mas longe do pior momento conforme outros ativos locais mostravam algum alívio.

Às 11:57, horário de Brasília, o Ibovespa caía 1,39 por cento, a 44.711,1001188 pontos. Na mínima até o momento, o índice chegou a cair 2,55 por cento. O volume financeiro somava 2,7 bilhões de reais.

O pessimismo em relação ao quadro doméstico estressou outros ativos financeiros mais cedo, com o dólar encostando em 4,25 reais e as taxas futuras de juros atingindo limites de alta. Declarações do presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, contudo, ajudaram a atenuar a pressão.

De acordo com profissionais do mercado de renda variável consultados pela Reuters, os ativos locais estão reagindo particularmente às incertezas sobre o quadro fiscal e aprofundamento da deterioração da economia, em meio a um ambiente político instável.

O analista Marco Aurélio Barbosa, da CM Capital Markets, disse que a deterioração da economia brasileira, principalmente pela piora do quadro politico, tem feito com que importantes decisões de investimentos sejam postergadas ou canceladas, com impacto nas projeções de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) nos próximos anos.

"A noção de 'caro ou barato' é muita relativo. Estamos sendo mensurados muito mais pelo risco do que pelas possibilidades de retorno que nossas empresas oferecem", disse em nota a clientes.

No exterior, preocupações sobre o crescimento global pressionavam as principais bolsas, com os pregões na Europa também minados pela escândalo da fraude em testes de emissão de poluentes envolvendo a Volkswagen.

Em Wall Street, o S&P 500 perdia 1,3 por cento, com agentes financeiros também na expectativa de discurso da chair do Federal Reserve, Janet Yellen.

Destaques

Itaú Unibanco e Bradesco caíam 1,2 e 1,7 por cento, respectivamente, com a liquidez e participação relevante no índice colocando o setor entre os principais alvos de vendas.

Além disso, o segmento tende a figurar entre os mais afetados pelo quadro macroeconômico negativo, em razão de risco de inadimplência e desaceleração do crédito. Banco do Brasil perdia 2,2 por cento.

Vale tinha queda de 1,4 por cento nas preferenciais de classe A e de 1,7 por cento nas ordinárias, conforme segue negativo o cenário para o minério de ferro.

Petrobras mostrava queda de 1,6 por cento nas preferenciais, após cairem mais de 3 por cento cento, conforme os preços do petróleo no exterior passaram a subir e o dólar amenizava a alta ante o real.

Smiles voltava a cair com força, em queda de 5,4 por cento, contaminada por preocupações com a sua controladora GOL, que cedia 3,8 por cento, conforme a disparada do dólar e o cenário macroeconômico fraco reforça receios sobre o caixa da empresa aérea.

O Credit Suisse disse esperar que a Gol mantenha margem negativa nos próximos trimestres, principalmente em função do câmbio e da piora nos yields.

"Cerca de 55 por cento dos custos da empresa são em dólar, enquanto 90 por cento da receita esta lastreada em real", citaram. O Conselho da Gol aprovou garantia para emissão de 1 bilhão de reais em debêntures por por sua controlada VRG Linhas Aéreas.

CSN e Usiminas eram destaques entre as altas, com elevações de 4,9 e 6,7 por cento, respectivamente, encontrando algum respaldo no avanço do dólar, após quedas expressivas na véspera.

O Instituto Nacional dos Distribuidores Aço (Inda) disse nesta quinta-feira que espera que as siderúgicas no Brasil comuniquem aumentos de preços de 7 a 10 por cento a partir de 1º de outubro.

No caso específico da CSN, a companhia afirmou na véspera que sua exposição a endividamento em dólar está totalmente protegida por caixa em moeda estrangeira, instrumentos derivativos e por contabilidade de hedge.

Para ver as maiores baixas do Ibovespa, clique em Para ver as maiores altas do Ibovespa, clique em (Edição de Aluísio Alves)

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