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Papel e celulose: Link revê projeções do setor para cima e aponta sugestões

Brasil deve se manter como um dos principais produtores de celulose do mundo, diz analista

Apesar do cenário favorável, ações ordinárias da Fibria (FIBR3) não contam com grande fôlego  (Germano Lüders/Exame)

Apesar do cenário favorável, ações ordinárias da Fibria (FIBR3) não contam com grande fôlego (Germano Lüders/Exame)

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Da Redação

Publicado em 7 de dezembro de 2010 às 15h00.

São Paulo – Em relatório publicado nesta terça-feira (7), a Link Investimentos atualizou as projeções para o setor de papel e celulose. Considerando o cenário de preços mais altos, o analista Leonardo Alves avalia que 2010 foi um ano bastante positivo. Porém, existe a possibilidade de uma mudança de cenário. “Com a demanda oscilante, possíveis reduções nos preços já são consideradas e a forte desvalorização do dólar prejudica as projeções das companhias”.

Mesmo assim, Alves mantém o otimismo com o horizonte de preços, pelo menos para o curto prazo. “Vemos um mercado favorável, que deve trazer uma boa rentabilidade para as empresas brasileiras. A vantagem competitiva por aqui ainda é forte, com as fábricas novas e uma boa produtividade esse cenário deve continuar. As duas principais empresas do setor, Fibria e Suzano, investem em melhoramento genético para manter a boa produtividade, e com as condições favoráveis brasileiras, o País deve se manter como um dos principais produtores de celulose do mundo”.

Fibria

Apesar de um cenário favorável ao segmento de papel e celulose, as ações ordinárias da Fibria (FIBR3) não contam com grande fôlego. “O endividamento segue prejudicando os resultados da companhia, o que para nós, ainda representa um alto risco e limita a valorização da ação” diz Leonardo Alves.

O relatório considera que a Fibria vem conseguindo reduzir seu endividamento, porém ainda
levará algum tempo para se tratar de um problema resolvido, o que acaba prejudicando investimentos futuros. A Link tem recomendação de market perform (desempenho em linha com a média de mercado) para as ações ordinárias da Fibria, com preço-alvo de 33 reais, um potencial de valorização de 18%.

Suzano

Apesar da desvalorização do dólar frente ao real, que prejudica bastante o desempenho da Suzano (SUZB5), os próximos investimentos e os resultados passados agregam um valor maior aos papéis da companhia, segundo avalia o analista.

Ele lembra que o segmento de papel é importante para a Suzano neste momento, já que traz a diversificação ao mercado de celulose e garante retornos mais estáveis. Neste cenário, a Link reitera a recomendação de outperform (desempenho acima da média de mercado), com preço-alvo de 24 reais, o que corresponde a um potencial teórico de ganhos de 53%.

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