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PANORAMA3-Problemas na Europa persistem e derrubam mercados

SÃO PAULO, 26 de novembro (Reuters) - A aprovação pelo governo português de um austero Orçamento para 2011 não conseguiu aliviar preocupações com a crise de dívida na Europa, o que voltou a derrubar ações e commodities nesta sexta-feira, com o dólar se valorizando globalmente. Investidores temem a contaminação dos problemas a outras nações do […]

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Da Redação

Publicado em 26 de novembro de 2010 às 17h47.

SÃO PAULO, 26 de novembro (Reuters) - A aprovação pelo
governo português de um austero Orçamento para 2011 não
conseguiu aliviar preocupações com a crise de dívida na Europa,
o que voltou a derrubar ações e commodities nesta sexta-feira,
com o dólar se valorizando globalmente.

Investidores temem a contaminação dos problemas a outras
nações do continente, mesmo com a expectativa de que a Irlanda
tenha sua crise sanada ao acertar os detalhes finais para
receber 85 bilhões de euros em ajuda até a próxima semana.

A aprovação do novo plano de gastos português veio horas
após o Financial Times Deutschland reportar que Lisboa estaria
sendo pressionada pela maioria dos Estados-membros da zona do
euro a aceitar um socorro financeiro, também para evitar que a
Espanha sofra uma turbulência semelhante.

Na tentativa de suavizar preocupações, o premiê espanhol,
José Luis Rodriguez Zapatero, afirmou que não há
"absolutamente" nenhuma chance de Madri solicitar ajuda.

Mas não foi o suficiente para acalmar o nervosismo dos
mercados. O euro renovou a mínima em dois meses contra o dólar,
enquanto o spread dos rendimentos dos bônus portugueses
e espanhois na comparação com os
yields alemães permaneciam nas máximas desta sexta-feira.

Tensões geopolíticas na Ásia também pesaram. A China
alertou contra ações militares nas proximidades de sua
fronteira marítima, após a Coreia do Norte dizer que exercícios
dos Estados Unidos e da Coreia do Sul podem provocar uma guerra
na região.

Com esse pano de fundo, o índice MSCI de ações globais
retrocedeu 1,2 por cento, em mais um dia de
queda nas matérias-primas. Refletindo a maior aversão a risco,
o índice VIX disparou mais de 13 por cento no
fechamento.

O mau desempenho das bolsas de valores nos Estados Unidos,
que fecharam mais cedo após o feriado do Dia de Ação de Graças,
arrastaram a Bovespa para baixo, na qual o fiel da balança
foram as blue chips Vale e Petrobras .

Ainda no Brasil, o dólar reagiu ao pessimismo externo e
subiu ante o real, enquanto as projeções de juros mantiveram a
tendência de alta, diante de perspectivas de piora na
inflação.

Veja como terminaram os principais mercados nesta
sexta-feira:

CÂMBIO

O dólar terminou a 1,728 real, em alta de 0,35 por cento
frente ao fechamento anterior.

BOVESPA

O Ibovespa caiu 1,64 por cento, para 68.226 pontos. O
volume financeiro na bolsa foi de 4,43 bilhões de reais.

ADRs BRASILEIROS

O índice dos principais ADRs brasileiros recuou 2,01 por
cento, a 34.389 pontos.

JUROS

O DI janeiro de 2012 apontava 11,99 por cento ao ano, ante
11,89 por cento no ajuste anterior.

EURO

A moeda comum europeia era cotada a 1,3246 dólar,
ante 1,3361 dólar no fechamento anterior.

GLOBAL 40

O título de referência dos mercados emergentes, o Global
40, mostrava estabilidade a 138,188 por cento do valor de face,
oferecendo rendimento de 2,385 por cento ao ano.

RISCO-PAÍS

O risco Brasil subia 5 pontos, para 182 pontos-básicos. O
EMBI+ avançava 5 pontos, a 252 pontos-básicos.

BOLSAS DOS EUA

Oo índice Dow Jones perdeu 0,85 por cento, a 11.092
pontos; o S&P 500 recuou 0,75 por cento, a 1.189 pontos,
e o Nasdaq caiu 0,34 por cento, a 2.534 pontos.

PETRÓLEO

Na Nymex, o contrato de petróleo de vencimento mais próximo
teve oscilação negativa de 0,10 dólar, ou 0,12 por cento, a
83,76 dólares por barril.

TREASURIES DE 10 ANOS

O preço dos títulos do Tesouro norte-americano de 10 anos,
referência do mercado, tinha alta, oferecendo rendimento de
2,8699 por cento ante 2,912 por cento no fechamento anterior.

(PANORAMA1, PANORAMA2 e PANORAMA3 são localizados no
terminal de notícias da Reuters pelo código )

(Por José de Castro; Edição de Aluísio Alves)

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