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PANORAMA3-Mercados mantêm cautela com dados dos EUA; dólar sobe

SÃO PAULO, 17 de setembro (Reuters) - Wall Street até fechou no azul, mas os mercados financeiros globais demonstraram pouco vigor nesta sexta-feira, depois que a queda na confiança do consumidor dos Estados Unidos realimentou dúvidas quanto ao ritmo de recuperação do país. No Brasil, o Banco Central informou que reduzirá, a partir da próxima […]

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Da Redação

Publicado em 17 de setembro de 2010 às 15h16.

SÃO PAULO, 17 de setembro (Reuters) - Wall Street até
fechou no azul, mas os mercados financeiros globais
demonstraram pouco vigor nesta sexta-feira, depois que a queda
na confiança do consumidor dos Estados Unidos realimentou
dúvidas quanto ao ritmo de recuperação do país.

No Brasil, o Banco Central informou que reduzirá, a partir
da próxima segunda-feira, de dez para cinco minutos a duração
dos leilões de compra de dólares no mercado à vista
[ID:nN17222013].

Profissionais do mercado apontaram que a medida teria um
caráter de aperfeiçoamento das operações, mas alguns não
descartaram a possibilidade de que a mudança possa estar ligada
a um conjunto de ações para frear a valorização do real. Nesta
sessão, o dólar teve leve alta ante a moeda brasileira,
acompanhando a oscilação da divisa nos exterior .

As bolsas reagiram ao índice de confiança do consumidor da
Thomson Reuters/Universidade de Michigan, que caiu para 66,6 na
leitura preliminar de setembro. O número foi o menor desde
agosto de 2009 e ficou abaixo da mediana das previsões de
economistas ouvidos pela Reuters [ID:nN17156284].

A notícia golpeou as principais ações europeias ,
que também reagiram a renovados temores quanto à saúde do
sistema financeiro do continente.

A pauta nos EUA incluiu ainda a alta de 0,3 por cento nos
preços ao consumidor no mês passado. O Departamento de Trabalho
reportou também estabilidade no núcleo, o que manteve o receio
sobre eventuais pressões deflacionárias.

O tom moderadamente positivo em Nova York --motivado por
notícias alentadoras em âmbito corporativo-- não animou a
Bovespa, que caiu pressionada principalmente por companhias
ligadas aos setores de mineração e siderurgia.

Nem mesmo a apreciação de Petrobras --a despeito
do recuo nos preços do petróleo-- ajudou. A companhia anunciou
a elevação do volume de ações do lote adicional de sua oferta
de papéis de 10 para 20 por cento [ID:nN17124150].

Da agenda doméstica, dados de inflação corrente ampararam a
alta nos DIs. O IGP-10 acelerou a alta para 1,12 por cento em
setembro, ante 0,46 por cento em agosto [ID:nN17120092], e o
IPC-Fipe avançou a 0,21 por cento na segunda quadrissemana,
após 0,15 por cento na primeira [ID:nN17114534].

Veja como terminaram os principais mercados nesta
sexta-feira:

CÂMBIO

O dólar fechou a 1,719 real, em alta de 0,17 por cento em
relação ao fechamento anterior.

BOVESPA

O Ibovespa caiu 0,85 por cento, a 67.089 pontos. O volume
financeiro na bolsa foi de 5,06 bilhões de reais.

ADRs BRASILEIROS

O índice dos principais ADRs brasileiros recuou 0,62 por
cento, a 33.464 pontos.

JUROS

O DI janeiro de 2012 apontava 11,45 por cento ao ano no
call das 16h, ante 11,40 por cento no ajuste anterior.

EURO

A moeda comum europeia era cotada a 1,3049 dólar, ante
1,3074 dólar no fechamento anterior nas operações
norte-americanas.

GLOBAL 40

O título de referência dos mercados emergentes, o Global
40, cedia para 137,500 por cento do valor de face, oferecendo
rendimento de 2,767 por cento ao ano.

RISCO-PAÍS

O risco Brasil subia 1 ponto, a 196 pontos-básicos. O EMBI+
avançava 2 pontos, a 275 pontos-básicos.

BOLSAS DOS EUA

O índice Dow Jones avançou 0,12 por cento, para
10.607 pontos. O Nasdaq subiu 0,54 por cento, para
2.315 pontos. O índice S&P 500 teve oscilação positiva
de 0,08 por cento, a 1.125 pontos.

PETRÓLEO

Na Nymex, o contrato de petróleo com vencimento mais curto
cedeu 0,91 dólar, ou 1,22 por cento, a 73,66 dólares por
barril.

TREASURIES DE 10 ANOS

O preço dos títulos do Tesouro norte-americano de 10 anos,
referência do mercado, subia, oferecendo rendimento de 2,743
por cento ante 2,763 por cento no fechamento anterior.

(PANORAMA1, PANORAMA2 e PANORAMA3 são localizados no
terminal de notícias da Reuters pelo código )

(Por José de Castro; Edição de Daniela Machado)

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