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PANORAMA3-China e hipotecas nos EUA derrubam bolsas; dólar sobe

SÃO PAULO, 19 de outubro (Reuters) - A aversão ao risco dominou os mercados financeiros globais nesta terça-feira, com o aumento dos juros na China impulsionando o dólar, enquanto temores com hipotecas e balanços não tão animadores nos Estados Unidos colocaram as bolsas de valores no vermelho. No Brasil, os ativos também repercutiram a nova […]

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 19 de outubro de 2010 às 18h07.

SÃO PAULO, 19 de outubro (Reuters) - A aversão ao risco
dominou os mercados financeiros globais nesta terça-feira, com
o aumento dos juros na China impulsionando o dólar, enquanto
temores com hipotecas e balanços não tão animadores nos Estados
Unidos colocaram as bolsas de valores no vermelho.

No Brasil, os ativos também repercutiram a nova elevação do
Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) para aplicações de
estrangeiros em renda fixa e na composição de margens para
operar na BM&FBovespa. O dólar e as projeções de juros subiram,
enquanto a Ibovespa perdeu o patamar de 70 mil pontos.

Os índices acionários em Nova York tiveram a maior queda
percentual diária em dois meses, pressionados também por
tempores de que bancos possam sofrer perdas com títulos ligados
a hipotecas. O prejuízo trimestral do Bank of America
não ajudou, apesar do resultado do Goldman Sachs acima
das expectativas [ID:nN19107703] [ID:nN19118070].

O índice europeu de ações FTSEurofirst 300 também
cedeu.

A alta da divisa norte-americana golpeou as commodities,
com o petróleo sofrendo o maior tombo diário desde fevereiro. O
índice de volatilidade VIX avançou.

O banco central da China surpreendeu os mercados ao
anunciar a primeira elevação nas taxas de juros em quase três
anos, visando conter a alta dos preços dos ativos e a inflação.
O BC disse que elevará a taxa básica de depósito e de
empréstimos de um ano em 0,25 ponto percentual cada
[ID:nN19111216].

"A alta da taxa de juro foi totalmente fora das
expectativas do mercado", disse Zhu Jiangfang, economista-chefe
da Citic Securities, em Pequim.

No Brasil, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, saudou a
medida chinesa, que contribuiu com a alta acima de 1 por cento
do dólar contra o real [ID:nN19129723].

Da pauta doméstica, o governo informou que o país gerou
246.875 postos de trabalho formais em setembro, resultado
abaixo das expectativas do Ministério do Trabalho e Emprego
[ID:nN19120714]. Já a arrecadação federal atingiu recorde no
mês passado e saltou quase 18 por cento na comparação com o
mesmo período de 2009 [ID:nN19175864].

Veja como terminaram os principais mercados nesta
terça-feira:

CÂMBIO

O dólar fechou a 1,687 real, em alta de 1,26 por cento em
relação ao fechamento anterior.

BOVESPA

Veja também

O Ibovespa recuou 2,61 por cento, a 69.863 pontos. O volume
financeiro na bolsa foi de 7,6 bilhões de reais.

ADRs BRASILEIROS

O índice dos principais ADRs brasileiros cedeu 3,1 por
cento, a 35.479 pontos.

JUROS

O DI janeiro de 2012 apontava 11,32 por cento ao ano no
call das 16h, ante 11,28 por cento no ajuste anterior.

EURO

A moeda comum europeia era cotada a 1,3725 dólar, ante
1,3945 dólar no fechamento anterior nas operações
norte-americanas.

GLOBAL 40

O título de referência dos mercados emergentes, o Global
40, caía para 139,875 por cento do valor de face, oferecendo
rendimento de 2,227 por cento ao ano.

RISCO-PAÍS

O risco Brasil subia 8 pontos, a 189 pontos-básicos. O
EMBI+ avançava 4 pontos, a 262 pontos-básicos.

BOLSAS DOS EUA

O índice Dow Jones recuou 1,48 por cento, para
10.978 pontos. O Nasdaq caiu 1,76 por cento, para 2.436
pontos. O S&P 500 perdeu 1,59 por cento, para 1.165
pontos.

PETRÓLEO

Na Nymex, o contrato de petróleo com vencimento mais curto
despencou 3,59 dólares, a 79,49 dólares por barril.

TREASURIES DE 10 ANOS

O preço dos títulos do Tesouro norte-americano de 10 anos,
referência do mercado, subia, oferecendo rendimento de 2,481
por cento ante 2,515 por cento no fechamento anterior.

(PANORAMA1, PANORAMA2 e PANORAMA3 são localizados no
terminal de notícias da Reuters pelo código )

(Por José de Castro; Edição de Daniela Machado)

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