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Da Redação
Publicado em 10 de setembro de 2010 às 14h57.
SÃO PAULO, 10 de setembro (Reuters) - Dados na China e nos
Estados Unidos ditaram bom humor nos principais mercados
globais nesta sexta-feira. No Brasil, o apetite por risco levou
o dólar à mínima em nove meses frente ao real, mesmo com as
atuações do Banco Central.
Os investidores iniciaram o dia repercutindo o salto de
35,2 por cento nas importações chinesas em agosto na comparação
com o mesmo período do ano anterior. O número superou a alta de
22,7 por cento de julho e as previsões de 26,1 por cento no
mercado [ID:nN10242719].
Para analistas, o dado indica que a demanda do país,
considerado um dos motores da retomada global, segue forte.
Nesse contexto, o índice Reuters Jefferies CRB de
commodities subiu, na cola da valorização dos preços do
petróleo.
A pauta nos EUA também agradou. Os estoques no atacado do
país subiram 1,3 por cento, maior taxa desde julho de 2008 e
mais de três vezes a expansão de 0,4 por cento que analistas
previam [ID:nN10253908].
As bolsas de valores em Nova York subiram, amparando a
apreciação da Bovespa. No pregão local, no entanto, o fraco
desempenho das blue chips impediu valorização maior.
Ainda na BM&FBovespa, a curva futura de juros ampliou a
inclinação, reagindo, entre outros motivos, à inflação acima do
esperado no IGP-DI.
O Índice Geral de Preços-Disponibilidade Interna subiu 1,10
por cento em agosto, ante 0,22 por cento em julho. Analistas
ouvidos pela Reuters previam alta de 0,85 por cento, de acordo
com a mediana dos prognósticos [ID:nN10231998].
Da pauta corporativa, destaque para as ofertas das chinesas
Sinopec Group e CNOOC por participações em ativos
detidos pela OGX , em uma operação potencial de 7
bilhões de dólares, segundo fontes [ID:nN10211425].
Também a Vale anunciou que acertou com o
Export-Import Bank of China e o Bank of China financiamento de
1,229 bilhão de dólares para a construção de 12 navios Chinamax
que haviam sido contratados em agosto de 2008 [ID:nN10214612].
Veja como terminaram os principais mercados nesta
sexta-feira:
CÂMBIO
O dólar fechou a 1,720 real, em queda de 0,17 por cento em
relação ao fechamento anterior.
BOVESPA
O Ibovespa subiu 0,27 por cento, a 66.806 pontos. O volume
financeiro na bolsa foi de 4,62 bilhões de reais.
ADRs BRASILEIROS
O índice dos principais ADRs brasileiros avançou 0,19 por
cento, a 32.912 pontos.
JUROS
O DI janeiro de 2012 apontava 11,29 por cento ao ano no
call das 16h, estável ante o ajuste anterior.
EURO
A moeda comum europeia era cotada a 1,2682 dólar, ante
1,2694 dólar no fechamento anterior nas operações
norte-americanas.
GLOBAL 40
O título de referência dos mercados emergentes, o Global
40, subia para 136,500 por cento do valor de face, oferecendo
rendimento de 2,973 por cento ao ano.
RISCO-PAÍS
O risco Brasil caía 7 pontos, a 209 pontos-básicos. O EMBI+
recuava 6 pontos, a 277 pontos-básicos.
BOLSAS DOS EUA
O índice Dow Jones subiu 0,46 por cento, a 10.462
pontos, o S&P 500 ganhou 0,49 por cento, a 1.109 pontos.
O Nasdaq Composite teve alta de 0,28 por cento, aos
2.242 pontos.
PETRÓLEO
Na Nymex, o contrato de petróleo com vencimento mais curto
subiu 2,20 dólares, a 76,45 dólares por barril.
TREASURIES DE 10 ANOS
O preço dos títulos do Tesouro norte-americano de 10 anos,
referência do mercado, caía, oferecendo rendimento de 2,795 por
cento ante 2,757 por cento no fechamento anterior.
(PANORAMA1, PANORAMA2 e PANORAMA3 são localizados no
terminal de notícias da Reuters pelo código )
(Por José de Castro; Edição de Daniela Machado)