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Da Redação
Publicado em 22 de setembro de 2010 às 14h55.
SÃO PAULO, 22 de setembro (Reuters) - A avaliação mais
prudente sobre a economia norte-americana dada pelo Federal
Reserve na véspera manteve os principais mercados globais na
defensiva nesta quarta-feira, derrubando também o dólar ante o
euro e o iene.
Os ativos domésticos, contudo, não acompanharam a toada
global. A Bovespa subiu na cola dos ganhos da Vale, enquanto a
expectativa por alguma atuação mais firme do governo sobre o
mercado de câmbio impediu que o dólar cedesse.
Colaborou para o movimento a fala do ministro da Fazenda,
Guido Mantega. Em Brasília, Mantega disse que o Fundo Soberano
pode comprar dólares no mercado à vista e esclareceu que o
operador das compras será o Banco Central, de acordo com a
Agência Estado [ID:nN22247547].
Investidores continuaram repercutindo a possibilidade de
que o Fed faça uma nova rodada de "quantitative easing" para
tentar levantar a economia norte-americana.
Nesse contexto, a moeda dos EUA cedeu ao piso em cinco
meses contra o euro, caindo também ao menor nível frente ao
iene , desde que o Japão interveio sobre o mercado de
câmbio.
Do lado acionário, o principal índice europeu de ações
tombou para a mínima em duas semanas. Em Nova York, as
bolsas também foram afetadas pela baixa em papéis de
tecnologia, especialmente Adobe Systems e Microsoft
.
A Bovespa destoou de seus pares internacionais e avançou,
mesmo com o desempenho desencontrado de suas blue chips. Vale
subiu, enquanto Petrobras cedeu em meio
aos movimentos finais da capitalização da empresa. A
precificação da oferta deve ser anunciada na quinta-feira.
Na pauta doméstica, o crédito disponibilizado pelos bancos
subiu 2,2 por cento em agosto, na maior alta em quase um ano,
informou o Banco Central [ID:nN22216703]. Já a FGV disse que a
confiança do consumidor brasileiro aumentou em setembro,
alcançando o maior patamar em cinco anos [ID:nN22236089].
Os dados favoreceram a alta nas taxas de DI na parte
intermediária da curva futura de juros, na véspera do leilão de
títulos prefixados a ser promovido pelo Tesouro Nacional.
Veja como terminaram os principais mercados nesta
quarta-feira:
CÂMBIO
O dólar fechou a 1,721 real, em alta de 0,17 por cento em
relação ao fechamento anterior.
BOVESPA
O Ibovespa subiu 0,89 por cento, a 68.325 pontos. O volume
financeiro na bolsa foi de 7,4 bilhões de reais.
ADRs BRASILEIROS
O índice dos principais ADRs brasileiros avançou 0,3 por
cento, a 33.666 pontos.
JUROS
O DI janeiro de 2012 apontava 11,56 por cento ao ano no
call das 16h, ante 11,50 por cento no ajuste anterior.
EURO
A moeda comum europeia era cotada a 1,3390 dólar, ante
1,3251 dólar no fechamento anterior nas operações
norte-americanas.
GLOBAL 40
O título de referência dos mercados emergentes, o Global
40, subia para 138,000 por cento do valor de face, oferecendo
rendimento de 2,658 por cento ao ano.
RISCO-PAÍS
O risco Brasil recuava 5 pontos, a 209 pontos-básicos. O
EMBI+ caía 6 pontos, a 286 pontos-básicos.
BOLSAS DOS EUA
O Dow Jones perdeu 0,48 por cento, para
1.134 pontos. O Nasdaq caiu 0,63 por cento, para 2.334
pontos.
PETRÓLEO
Na Nymex, o contrato de petróleo com vencimento mais curto
cedeu 0,26 dólar, ou 0,35 por cento, a 74,71 dólares por
barril.
TREASURIES DE 10 ANOS
O preço dos títulos do Tesouro norte-americano de 10 anos,
referência do mercado, tinha leve alta, oferecendo rendimento
de 2,5619 por cento ante 2,576 por cento no fechamento
anterior.
(PANORAMA1, PANORAMA2 e PANORAMA3 são localizados no
terminal de notícias da Reuters pelo código )
(Por José de Castro; Edição de Aluísio Alves)