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PANORAMA3-Bolsas sobem atentas a mais estímulo do Fed; dólar cai

SÃO PAULO, 8 de outubro (Reuters) - O corte de empregos nos Estados Unidos em setembro foi recebido como novo item que pode levar o Federal Reserve a injetar mais dinheiro na economia, o que patrocinou alta nas bolsas e recolocando o dólar em queda. O Departamento de Trabalho norte-americano reportou o fechamento de 95 […]

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Da Redação

Publicado em 8 de outubro de 2010 às 14h47.

SÃO PAULO, 8 de outubro (Reuters) - O corte de empregos nos
Estados Unidos em setembro foi recebido como novo item que pode
levar o Federal Reserve a injetar mais dinheiro na economia, o
que patrocinou alta nas bolsas e recolocando o dólar em queda.

O Departamento de Trabalho norte-americano reportou o
fechamento de 95 mil vagas no país no mês passado, contrariando
expectativa de estabilidade. Ainda assim, o setor privado teve
um desempenho melhor, com a abertura de 64 mil postos de
trabalho [ID:nN08209007].

A percepção de que o mundo pode receber uma nova rodada de
estímulos monetários --o que se traduz em mais liquidez e
dinheiro no sistema financeiro -- deu gás às bolsas de valores
em Nova York e às commodities .

De olho em Wall Street, o principal índice da Bovespa subiu
mais de 1 por cento, perto dos 71 mil pontos. Já na Europa, o
principal índice acionário fechou estável.

A perspectiva de mais "quantitative easing" pressionou o
dólar, que recuou a uma nova mínima em 15 anos ante o iene
. A moeda norte-americana também derrapou contra o real,
renovando o piso em mais de dois anos.

O euro desacelerou a alta e ficou praticamente estável,
após comentários do presidente dos ministros das Finanças da
zona do euro, Jean-Claude Juncker, de que acima de 1,40 dólar a
moeda está muito forte.

Juncker se reuniu em Washington com outras autoridades
financeiras dos países do G20. O grupo tenta aliviar tensões
cambiais, justificando que o mal-estar pode comprometer a
recuperação econômica global.

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, demonstrou confiança
em que as autoridades cheguem a um acordo sobre moedas,
enquanto o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles,
alertou contra desequilíbrio sério em mercados de câmbio
[ID:nN08245532].

A recente queda do dólar já começou a influenciar a
inflação doméstica, com o IGP-DI subindo menos que o esperado
devido principalmente aos menores preços siderúrgicos
[ID:nN08200852]. O número permitiu algum alívio nas projeções
de juros pela manhã, mas ajustes e a melhora no cenário
internacional ampararam alta nas taxas.

Por outro lado, a FGV também informou que o IPC-S subiu
0,66 por cento na primeira prévia de outubro, após alta de 0,46
por cento no mês de setembro [ID:nN08203392].

No âmbito corporativo, a Petrobras informou que sua
subsidiária no Peru, Petrobras Energia Peru, fez uma descoberta
de gás natural naquele país, com estimativas preliminares
indicando um volume potencial e recuperável avaliado em 48
bilhões de metros cúbicos nos dois poços exploratórios na área
[ID:nN08223733].

Veja como terminaram os principais mercados nesta
sexta-feira:

CÂMBIO

O dólar fechou a 1,667 real, em queda de 1,13 por cento em
relação ao fechamento anterior.

BOVESPA

O Ibovespa subiu 1,27 por cento, a 70.808 pontos. O volume
financeiro na bolsa foi de 6,75 bilhões de reais.

ADRs BRASILEIROS

O índice dos principais ADRs brasileiros fechou com avanço
de 1,84 por cento, a 36.107 pontos.

JUROS

O DI janeiro de 2012 apontava 11,42 por cento ao ano no
call das 16h, ante 11,39 por cento no ajuste anterior.

EURO

A moeda comum europeia era cotada a 1,3926 dólar, o mesmo
do fechamento anterior nas operações norte-americanas.

GLOBAL 40

O título de referência dos mercados emergentes, o Global
40, subia para 140,188 por cento do valor de face, oferecendo
rendimento de 2,147 por cento ao ano.

RISCO-PAÍS

O risco Brasil caía 5 pontos, a 197 pontos-básicos. O EMBI+
recuava 3 pontos, a 269 pontos-básicos.

BOLSAS DOS EUA

O índice Dow Jones avançou 0,53 por cento, para
11.006 pontos. O Nasdaq subiu 0,77 por cento, para
2.401 pontos. O índice S&P 500 ganhou 0,61 por cento,
para 1.165 pontos.

PETRÓLEO

Na Nymex, o contrato de petróleo com vencimento mais curto
ganhou 0,99 dólar, ou 1,21 por cento, a 82,66 dólares por
barril.

TREASURIES DE 10 ANOS

O preço dos títulos do Tesouro norte-americano de 10 anos,
referência do mercado, tinha ligeira queda, oferecendo
rendimento de 2,3937 por cento ante 2,385 por cento no
fechamento anterior.

(PANORAMA1, PANORAMA2 e PANORAMA3 são localizados no
terminal de notícias da Reuters pelo código )

(Por José de Castro; Edição de Aluísio Alves)

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