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PANORAMA3-Alívio com Irlanda dita alta em bolsas e commodities

SÃO PAULO, 18 de novembro (Reuters) - As praças financeiras globais experimentaram um consistente retorno do apetite por risco nesta quinta-feira, em meio à redução dos temores envolvendo uma crise da Irlanda, na sessão que marcou o retorno da General Motors ao mercado de ações norte-americano. Os ativos locais acompanharam a toada. O principal índice […]

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Da Redação

Publicado em 18 de novembro de 2010 às 18h10.

SÃO PAULO, 18 de novembro (Reuters) - As praças financeiras
globais experimentaram um consistente retorno do apetite por
risco nesta quinta-feira, em meio à redução dos temores
envolvendo uma crise da Irlanda, na sessão que marcou o retorno
da General Motors ao mercado de ações norte-americano.

Os ativos locais acompanharam a toada. O principal índice
da Bovespa retomou os 70 mil pontos, enquanto o dólar recuou à
mínima em mais de uma semana. Mas os juros futuros voltaram a
subir, reagindo a preocupações com a inflação, diante da alta
dos preços das commodities.

O mercado doméstico também repercutiu notícias de que o
ministro da Fazenda, Guido Mantega, deve permanecer no cargo
durante o governo da presidente Dilma Rousseff. No final da
tarde, uma fonte confirmou a informação à Reuters
[ID:nN18189056].

Comentários de importantes autoridades do governo irlandês
no sentido de o país aceitar ajuda internacional agradaram
investidores, que se voltavam novamente a ativos considerados
de maior risco.

O presidente do banco central da Irlanda disse esperar que
o país receba dezenas de bilhões de dólares em empréstimos para
estabilizar seu sistema bancário, comentário endossado no meio
da tarde pelo ministro de Finanças do país [ID:nN18260218].

O alívio nas tensões na Europa direcionava o euro para o
maior ganho diário em duas semanas ante o dólar, que também
recuava frente a uma cesta de moedas .

O bom humor se estendia às bolsas de valores. O índice
europeu FTSEurofirst 300 subiu 1,43 por cento, enquanto as
praças em Nova York avançavam perto de 2 por cento pouco antes
do encerramento.

O mercado em Wall Street assistiu ao salto nas ações da GM
em seu primeiro dia de negociações após a montadora ter
levantado mais de 20 bilhões de dólares por meio de oferta
pública inicial de ações [ID:nN18288362].

Na madrugada, o otimismo já havia contagiado a Ásia, com o
índice japonês Nikkei fechando acima dos 10 mil pontos
pela primeira vez desde junho.

Notícias da China também estimularam os mercados. Um
conselheiro do banco central do país disse que Pequim não
deveria depender somente de elevações de juros para conter a
inflação.

Também na agenda econômica, a Organização para Cooperação e
Desenvolvimento Econômico (OCDE) manteve a previsão de
crescimento da economia mundial para este ano em 4,6 por cento.
Para o Brasil, a expectativa de avanço da economia aumentou de
6,5 para 7,5 por cento neste ano.

Veja como fecharam os principais mercados nesta
quinta-feira:

CÂMBIO

O dólar terminou a 1,716 real, em queda de 0,58 por cento
frente ao fechamento anterior.

BOVESPA

O Ibovespa subiu 1,54 por cento, para 70.781 pontos. O
volume financeiro na bolsa foi de 6,53 bilhões de reais.

ADRs BRASILEIROS

O índice dos principais ADRs brasileiros ganhou 2,46 por
cento, a 35.575 pontos.

JUROS

No call das 16h, o DI janeiro de 2012 apontou 11,64 por
cento ao ano, ante 11,58 por cento no ajuste anterior.

EURO

A moeda comum europeia era cotada a 1,3636 dólar,
ante 1,3518 dólar no fechamento anterior.

GLOBAL 40

O título de referência dos mercados emergentes, o Global
40, caía a 138,813 por cento do valor de face, oferecendo
rendimento de 2,297 por cento ao ano.

RISCO-PAÍS

O risco Brasil ficava estável em 175 pontos-básicos. O
EMBI+ recuava 5 pontos, a 242 pontos-básicos.

BOLSAS DOS EUA

O índice Dow Jones subiu 1,57 por cento, a 11.181
pontos; o S&P 500 ganhou 1,54 por cento, a 1.196 pontos,
e o Nasdaq 1,55 por cento, a 2.514 pontos.

PETRÓLEO

Na Nymex, o contrato de petróleo de vencimento mais próximo
avançou 1,41 dólar, ou 1,75 por cento, a 81,85 dólares por
barril.

TREASURIES DE 10 ANOS

O preço dos títulos do Tesouro norte-americano de 10 anos,
referência do mercado, tinha queda, oferecendo rendimento de
2,9006 por cento ante 2,882 por cento no fechamento anterior.

(PANORAMA1, PANORAMA2 e PANORAMA3 são localizados no
terminal de notícias da Reuters pelo código )

(Por José de Castro; Edição de Aluísio Alves)

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