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PANORAMA2-China e Irlanda pressionam bolsas, mas dólar sobe

SÃO PAULO, 12 de novembro (Reuters) - O pessimismo com dados corporativos somado a renovados temores em relação à divida soberana de países da zona do euro e um eventual aperto monetário na China empurravam as bolsas e os mercados de commodities para baixo nesta sexta-feira. Na Bovespa, esse cenário era temperado por novos resultados […]

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Da Redação

Publicado em 12 de novembro de 2010 às 12h24.

SÃO PAULO, 12 de novembro (Reuters) - O pessimismo com
dados corporativos somado a renovados temores em relação à
divida soberana de países da zona do euro e um eventual aperto
monetário na China empurravam as bolsas e os mercados de
commodities para baixo nesta sexta-feira.

Na Bovespa, esse cenário era temperado por novos resultados
trimestrais, que frustraram expectativas. Era o caso da gigante
Petrobras , que reportou na noite de quinta-feira um
lucro líquido de 8,566 bilhões de reais no terceiro trimestre
[ID:nN1292565] e recebeu comentários negativos de analistas.

Outras ações ligadas a commodities, sobretudo mineração e
siderurgia, também figuravam entre as maiores quedas do pregão,
chegando a arrastar o Ibovespa para a faixa de 70 mil pontos.

O movimento embutia a receio dos mercados internacionais de
que recentes dados mostrando forte atividade econômica e alta
de preços levem a China a medidas restritivas, como aumento dos
juros e dos compulsórios, o que implicaria em queda das
importações. Com isso, o índice Reuters-Jefferies de
matérias-primas recuava.

Mas, diferente do habitual, o dólar não ia na contramão das
bolsas e das commodities e desta vez também recuava frente a
uma cesta de moedas. O avanço era explicado pela recuperação do
euro, após autoridades da União Europeia negarem rumores de que
um pacote de ajuda esteja sendo costurado para socorrer a
Irlanda, que está mergulhada numa crise de dívida soberana.

No mercado doméstico de renda fixa, após passar a semana
subindo as projeções embutidas nos contratos de juros futuros
perdiam fôlego. O recuo acontecia após a divulgação de dois
indicadores domésticos.

Um deles mostrou que a inflação medida pelo Índice Geral de
Preços do Mercado (IGP-M) subiu 0,79 por cento na primeira
prévia de novembro, contra alta de 0,75 por cento em igual
período de outubro. Analistas consultados pela Reuters previam
alta de 0,82 por cento [ID:nN11185543].

O outro apontou aumento de 0,4 por cento das vendas no
varejo brasileiro em setembro sobre agosto, segundo o IBGE.
Analistas previam alta de 0,15 por cento [ID:nSAR002453].

A movimentação do mercado refletia pouco impacto da notícia
de que os líderes do G20 chegaram concordaram em estabelecer
"diretrizes indicativas" que meçam desequilíbrios entre as
economias, numa evidência de que o encontro não resultou num
acordo firme para corrigir desequilíbrios globais.

Veja como estava os principais mercados às 13hxx desta
sexta-feira:

CÂMBIO

O dólar caía a 1,719 real, em alta de 0,47 por cento frente
ao fechamento anterior.

BOVESPA

O Ibovespa perdia 0,52 por cento, para 70.827 pontos. O
volume financeiro na bolsa era de 2 bilhões de reais.

ADRs BRASILEIROS

O índice dos principais ADRs brasileiros perdia 0,31 por
cento, a 36.015 pontos.

JUROS

O DI janeiro de 2012 apontava 11,53 por cento ao ano, ante
11,57 por cento no ajuste anterior.

EURO

A moeda comum europeia era cotada a 1,3750 dólar,
ante 1,3782 dólar no fechamento anterior.

GLOBAL 40

O título de referência dos mercados emergentes, o Global
40, recuava a 139,313 por cento do valor de face, oferecendo
rendimento de 2,23 por cento ao ano.

RISCO-PAÍS

O risco Brasil recuava 2 pontos a 173 pontos-básicos. O
EMBI+ caía 1 ponto, a 240 pontos-básicos.

BOLSAS DOS EUA

O índice Dow Jones caía 0,25 por cento, a 11.254
pontos; o S&P 500 cedia 0,42 por cento, a 1.208 pontos,
e o Nasdaq tinha baixa de 0,36 por cento, a 2.546
pontos.

PETRÓLEO

Na Nymex, o contrato de petróleo de vencimento mais próximo
tinha declínio de 1,66 dólar, a 86,15 dólares por barril.

TREASURIES DE 10 ANOS

O preço dos títulos do Tesouro norte-americano de 10 anos,
referência do mercado, tinha baixa, oferecendo rendimento de
2,6895 por cento.

(PANORAMA1, PANORAMA2 e PANORAMA3 são localizados no
terminal de notícias da Reuters pelo código )

(Reportagem de Sílvio Cascione e Vanessa Stelzer; texto de
Aluísio Alves)

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