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Da Redação
Publicado em 20 de setembro de 2010 às 09h40.
SÃO PAULO, 20 de setembro (Reuters) - Em sessão de agenda
econômica discreta, os mercados mostravam otimismo moderado no
início da semana, com as bolsas subindo por fatores locais, as
commodities avançando e o dólar fraquejando ante as principais
moedas, enquanto os investidores aguardavam novos sinais do
Federal Reserve ao final de sua reunião de terça-feira.
Com um consenso de que a taxa de juro dos EUA será mantida
na faixa de zero e 0,25 por cento, as expectativas se
concentram na possibilidade de a atuoridade monetária do país
anunciar novas compras de Treasuries para dar mais liquidez ao
sistema e impulsionar a débil retomada econômica.
Por ora, os investidores pareciam se satisfazer com a
divulgação de um dado menos importante mostrando que as
expectativas de empresários do setor imobiliário do país se
manteve estável em setembro, embora em nível fraco.
Era o bastante para fazer os principais índices de Wall
Street subirem mais de 1 por cento, com o S&P 500 buscar
as máximas em quatro meses.
Na bolsa paulista, o principal índice caminhava no mesmo
passo, com o giro financeiro calibrado na sessão de vencimento
de opções sobre ações, com destaque para as blue chips
Petrobras e Vale .
Tal qual na bolsa, a expectativa para a conclusão da mega
oferta pública de ações da Petrobras também seguia impactando o
mercado de câmbio, já que a operação é responsável pela maior
parte da entrada de capitais recentemente. O preço das ações
dentro da operação será definido na quinta-feira.
A informação de que a balança comercial brasileira teve
superávit de 525 milhões de dólares na terceira semana do mês,
elevando o saldo de setembro para 822 milhões de dólares ficava
em segundo plano.
No mercado doméstico de renda fixa, as projeções de juros
futuros embutidas nos contratos de DI apontavam para cima, em
reação ao aumento das expectativas para a inflação contidas no
relatório Focus divulgado pelo Banco Central nesta manhã.
A previsão da inflação medida pelo Índice Nacional de Preços
ao Consumidor Amplo (IPCA) deste ano subiu de 4,97 por cento na
semana anterior para 5,01 por cento. Para 2011, a previsão
subiu pela segunda semana, de 4,90 para 4,95 por cento antes.
A agenda doméstica trouxe também a informação de que a
Previdência Social teve déficit de 5,416 bilhões de reais em
agosto, ao mesmo tempo em que o governo anunciou o desbloqueio
de 1,7 bilhão de reais em recursos do Orçamento de 2010 após
promover a revisão de receitas e despesas do quarto trimestre.
No cenário global, o dólar recuava ante uma cesta de
divisas . As praças acionárias eram beneficiadas pela
visão de mais recursos disponíveis para investimentos em ativos
de risco. O índice MSCI para ações globais e o
de ações emergentes subiam. O índice
Reuters-Jefferies de commodities atingia a máxima em 8
meses, puxado pelas cotações do petróleo e do ouro.
Veja como se comportavam os principais indicadores dos
mercados às 12h34 desta segunda-feira:
CÂMBIO
O dólar caía a 1,717 real, em baixa de 0,12 por cento em
relação ao fechamento anterior.
BOVESPA
O Ibovespa evoluía 0,96 por cento, a 67.734 pontos. O
volume financeiro do pregão, turbinado pelo exercício de
opções, era 4,356 bilhões de reais.
ADRs BRASILEIROS
O índice dos principais ADRs brasileiros tinha ganho de
0,68 por cento, a 33.693 pontos.
JUROS
O DI janeiro de 2012 apontava 11,49 por cento ao ano, ante
11,45 por cento no ajuste anterior.
EURO
A moeda comum europeia era cotada a 1,3079, ante 1,3074
dólar no fechamento anterior nas operações norte-americanas.
GLOBAL 40
O título de referência dos mercados emergentes, o Global
40, subia para 137,813 por cento do valor de face, oferecendo
rendimento de 2,707 por cento ao ano.
RISCO-PAÍS
O risco Brasil cedia 4 pontos, a 195 pontos-básicos. O
EMBI+ tinha baixa de 3 pontos, a 277 pontos-básicos.
BOLSAS DOS EUA
O índice Dow Jones avançava 1,03 por cento, para
10.717 pontos. O Nasdaq subia 1,16 por cento, para
2.342 pontos. O índice S&P 500 tinha oscilação positiva
de 1,11 por cento, a 1.138 pontos.
PETRÓLEO
Na Nymex, o contrato de petróleo com vencimento mais curto
crescia 1,46 por cento, a 75,12 dólares por barril.
TREASURIES DE 10 ANOS
O preço dos títulos do Tesouro norte-americano de 10 anos,
referência do mercado, subia, oferecendo rendimento de 2,739
por cento ante 2,763 por cento no fechamento anterior.
(PANORAMA1, PANORAMA2 e PANORAMA3 são localizados no
terminal de notícias da Reuters pelo código )
(Reportagem de Aluísio Alves; edição de Silvio Cascione)