SÃO PAULO, 18 de outubro (Reuters) - Dólar em alta e ações
e commodities em baixa marcam o início da semana nas principais
praças financeiras internacionais, com investidores na
expectativa de detalhes sobre novos estímulos à economia
norte-americana e da intensa agenda de balanços corporativos
nos Estados Unidos prevista para a semana.

Declarações do chairman do Federal Reserve, Ben Bernanke,
na sexta-feira, consolidaram a visão de que haverá sim nova
rodada de "quantitative easing" --o que inclusive já estaria
precificado nos ativos. Permanecem, contudo, dúvidas sobre a
extensão do "quantitative easing".

O índice MSCI para ações globais cedia 0,45
por cento pela manhã, enquanto o para ações emergentes caía 1,08 por cento.

No mercado de moedas, a avaliação de que o Fed terá sucesso
em gerar mais inflação e a cobertura de posições vendidas
amparava a valorização de 0,46 por cento do dólar ante uma
cesta com as principais divisas globais. O euro recuava a
1,3889 dólar, ante 1,3976 dólar na sexta-feira.

Tal cenário debilitava commodities, com o petróleo, por
exemplo, recuando 0,43 por cento, a 80,90 dólares o barril, nas
operações eletrônicas em Nova York.

A divisa norte-americana, contudo, seguia enfraquecida ante
a moeda japonesa, a 81,22 ienes, ante 81,43 ienes na última
sessão. Tal movimento, inclusive, colaborou com o declínio de
0,02 por cento do índice Nikkei , em Tóquio.

O índice da bolsa de Xangai recuou 0,54 por cento,
após falhar em se manter acima da resistência técnica do 3.000
pontos.

Na Europa , o decréscimo nos metais afetava papéis
de mineradoras e influenciava o índice, que operava perto da
estabilidade após uma abertura em queda. Notícias corporativas
também minavam o humor, como o anúncio de Philips Electronics,
de que está cautelosa sobre o crescimento das vendas

Nos EUA, os futuros acionários também apontavam uma
abertura negativa em Wall Street, com o contrato do S&P 500
recuando 5,30 pontos. A agenda do dia inclui dados
norte-americanos da indústria e do setor imobiliário, mas o
foco deve ficar principalmente nos resultados da IBM, Citigroup
e Apple.

Nesta semana, aliás, 109 companhias listadas no S&P 500 e
11 empresas listadas no Dow Jones divulgam balanços
trimestrais.

No Brasil, a inflação ocupa a atenção nesta segunda-feira,
com o IGP-10 de outubro e prévia do IPC-S, além das
tradicionais divulgações de início da semana: pesquisa Focus e
resultado semanal da balança comercial brasileira.

Para ver a agenda do dia, clique [ID:nN15221900]

Veja como terminaram os principais mercados na sexta-feira:

CÂMBIO

O dólar fechou a 1,666 real, em alta de 0,18 por cento em
relação ao fechamento anterior.

BOVESPA

O Ibovespa subiu 0,19 por cento, a 71.830 pontos. O volume
financeiro na bolsa foi de 6,4 bilhões de reais.

ADRs BRASILEIROS

O índice dos principais ADRs brasileiros recuou 0,36 por
cento, a 36.499 pontos.

JUROS

O DI janeiro de 2012 apontava 11,22 por cento ao ano no call
das 16h, ante 11,25 por cento no ajuste anterior.

EURO

A moeda comum europeia era cotada a 1,3974 dólar, ante
1,4078 dólar no fechamento anterior nas operações
norte-americanas.

GLOBAL 40

O título de referência dos mercados emergentes, o Global 40,
caía para 140,125 por cento do valor de face, oferecendo
rendimento de 2,190 por cento ao ano.

RISCO-PAÍS

O risco Brasil cedia 9 pontos, a 168 pontos-básicos. O EMBI+
recuava 4 pontos, a 244 pontos-básicos.

BOLSAS DOS EUA

O Dow Jones recuou 0,29 por cento, para 11.062
pontos. O Nasdaq subiu 1,37 por cento, para 2.468
pontos. O S&P 500 ganhou 0,20 por cento, a 1.176 pontos.

PETRÓLEO

Na Nymex, o contrato de petróleo com vencimento mais curto
cedeu 1,44 dólar, a 81,25 dólares por barril.

TREASURIES DE 10 ANOS

O preço dos títulos do Tesouro norte-americano de 10 anos,
referência do mercado, recuava, oferecendo rendimento de 2,567
por cento ante 2,506 por cento no fechamento anterior.

(PANORAMA1, PANORAMA2 e PANORAMA3 são localizados no
terminal de notícias da Reuters pelo código )

(Reportagem de Paula Arend Laier; Edição de Vanessa Stelzer)