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Da Redação
Publicado em 1 de novembro de 2010 às 07h06.
SÃO PAULO, 1o de novembro (Reuters) - Investidores do
mercado brasileiro começam a semana repercutindo a eleição de
Dilma Rousseff (PT) no domingo para a Presidência do país, em
uma segunda-feira carregada de indicadores sobre a atividade
manufatureira no cenário internacional.
Analistas políticos ouvidos por jornalistas da Reuters
ainda no domingo disseram que Dilma terá pela frente o desafio
de desenvolver um perfil mais de negociação e conciliação. Para
o mercado financeiro, interessam a formação da equipe e os
sinais sobre a direção econômica do próximo governo.
No seu primeiro discurso após sua vitória, Dilma reafirmou
compromisso com a estabilidade da economia, regras econômicas e
contratos firmados. Também disse que irá melhorar a qualidade
do gasto público.
No exterior, a expectativa do resultado da reunião do
Federal Reserve na quarta-feira, quando se espera o anúncio de
uma nova rodada de "quantitative easing" nos EUA, é justamente
o que segue dando, mantendo o dólar pressionando e beneficiando
ações e commodities.
O índice DXY, que mede o valor do dólar frente a uma cesta
de moedas, recuava 0,37 por cento pela manhã. Ante o iene, o
dólar declinava a 80,45 ienes. O euro era negociado a 1,3970
por cento, ante 1,3962 por cento na última sessão.
Também reforçavam os ganhos nas bolsas e matérias-primas o
índice PMI chinês oficial sobre a atividade fabril do país, que
atingiu a máxima em seis meses em outubro, superando
expectativas, e o indicador para o setor calculado pelo HSBC,
que registrou uma das maiores altas mensais na história do
levantamento.
O índice MSCI para ações globais avançava
0,38 por cento, enquanto o para ações emergentes
ganhava 1,2 por cento.
Na Ásia, o índice da bolsa de Xangai fechou com
acréscimo de 2,52 por cento, enquanto no Nikkei
terminou a sessão de Tóquio em baixa de 0,52 por cento, com o
fortalecimento do iene ainda afetando negativamente os
negócios.
Na Europa, o FTSEurofirst 300 avançava 0,04 por
cento, mesmo tom verificado nos futuros acionários em Wall
Street, com o contrato do S&P 500 subindo 6 pontos. A
agenda norte-americana também inclui indicador sobre o setor
manufatureiro.
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Veja como terminaram os principais mercados na sexta-feira:
CÂMBIO
O dólar fechou a 1,703 real, em queda de 0,64 por cento em
relação ao fechamento anterior. No mês, a moeda teve alta de
0,65 por cento.
BOVESPA
O Ibovespa subiu 0,5 por cento, a 70.673 pontos, acumulando
alta de 1,79 por cento em outubro. O volume financeiro na bolsa
nesta sessão foi de 7,4 bilhões de reais.
ADRs BRASILEIROS
O índice dos principais ADRs brasileiros avançou 0,58 por
cento, a 35.593 pontos.
JUROS
O DI janeiro de 2012 apontava 11,34 por cento ao ano no call
das 16h, ante 11,36 por cento no ajuste anterior.
EURO
A moeda comum europeia era cotada a 1,3940 dólar, ante
1,3931 dólar no fechamento anterior nas operações
norte-americanas.
GLOBAL 40
O título de referência dos mercados emergentes, o Global 40,
recuava para 140,063 por cento do valor de face, oferecendo
rendimento de 2,150 por cento ao ano.
RISCO-PAÍS
O risco Brasil subia 2 pontos, a 175 pontos-básicos. O EMBI+
mostrava estabilidade, a 242 pontos-básicos.
BOLSAS DOS EUA
O índice Dow Jones teve oscilação positiva de 0,04
por cento, para 11.118 pontos. O Nasdaq fechou estável,
a 2.507 pontos. O S&P 500 registrou oscilação negativa
de 0,04 por cento, para 1.183 pontos.
PETRÓLEO
Na Nymex, o contrato de petróleo com vencimento mais curto
caiu 0,75 dólar, ou 0,91 por cento, a 81,43 dólares por barril.
TREASURIES DE 10 ANOS
O preço dos títulos do Tesouro norte-americano de 10 anos,
referência do mercado, subia, oferecendo rendimento de 2,6011
por cento ante 2,667 por cento no fechamento anterior.
(PANORAMA1, PANORAMA2 e PANORAMA3 são localizados no
terminal de notícias da Reuters pelo código )
(Reportagem de Paula Arend Laier; Edição de Vanessa
Stelzer)