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PANORAMA1-Fed ainda dá fôlego às bolsas e derruba dólar

SÃO PAULO, 4 de novembro (Reuters) - As principais praças financeiras externas reagem com maior vigor nesta quinta-feira ao programa de compra de ativos do Federal Reserve no valor de 600 bilhões de dólares divulgado na véspera, que favorece a continuidade do atual "trade" de venda de dólar e compra de ações e commodities. O […]

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Da Redação

Publicado em 4 de novembro de 2010 às 07h04.

SÃO PAULO, 4 de novembro (Reuters) - As principais praças
financeiras externas reagem com maior vigor nesta quinta-feira
ao programa de compra de ativos do Federal Reserve no valor de
600 bilhões de dólares divulgado na véspera, que favorece a
continuidade do atual "trade" de venda de dólar e compra de
ações e commodities.

O índice DXY, que mede o valor do dólar ante uma cesta de
moedas, recuava 0,87 por cento. Ante o iene, a divisa
norte-americana cedia 0,32 por cento. O euro valorizava-se 0,87
por cento, a 1,4263 dólar.

O índice MSCI para ações globais subia 1,24
por cento, enquanto o para ações emergentes avançava
1,06 por cento.

Na Ásia, o impacto relativamente brando da notícia sobre o
iene, que chegou a recuar na madrugada, proporcionou o
fechamento positivo do Nikkei , com alta de 2,17 por
cento, em meio à cobertura de posições vendidas. O índice da
bolsa de Xangai encerrou com elevação de 1,85 por
cento.

Na Europa, FTSEurofirst 300 ganhava 1,23 por
cento, ajudado ainda pelo desempenho das ações da BHP Billiton,
após o Canadá vetar sua oferta de 39 bilhões de dólares pela
Potash. Os futuros em Wall Street também sinalizavam abertura
positiva, com o contrato do S&P 500 em alta de 7,30
pontos.

Entre as commodities, o petróleo era transacionado a 85,94
dólares nas operações eletrônicas em Nova York, em alta de 1,25
por cento.

Na quarta-feira, índices acionários e preços de
matérias-primas subiram e a moeda norte-americana caiu, mas a
volatilidade dominou as operações na sequência do anúncio, com
tais ativos oscilando entre os campos positivo e negativo
momentaneamente.

A semana, contudo, ainda reserva eventos importantes, que
tendem a manter os mercados voláteis, incluindo as reuniões de
política monetária do Banco da Inglaterra e do Banco Central
Europeu nesta quinta-feira e o encontro do Banco do Japão e o
relatório do mercado de trabalho norte-americano na
sexta-feira.

No Brasil, a sessão de hoje reserva importantes dados sobre
a atividade industrial do país, com o desempenho da produção
apurado pelo IBGE e os indicadores industriais da CNI. Da safra
de balanços, Eletropaulo, B2W e Lojas Americanas apresentam
seus resultados após o fechamento do mercado.

Também merece atenção a reunião ministerial convocada pelo
presidente Luiz Inácio Lula da Silva para discutir as
prioridades dos últimos dois meses de governo e a transição
para a administração da presidente eleita Dilma Rousseff. O
encontro está programado para começar às 9h30.

Para ver a agenda do dia, clique [ID:nN03203732]

Veja como fecharam os principais mercados na quarta-feira:

CÂMBIO

O dólar fechou a 1,702 real, em queda de 0,35 por cento
frente ao fechamento anterior.

BOVESPA

O Ibovespa subiu 0,48 por cento, para 71.904 pontos. O
volume financeiro na bolsa foi de 7,27 bilhões de reais.

ADRs BRASILEIROS

O índice dos principais ADRs brasileiros avançou 0,17 por
cento, a 36.552 pontos.

JUROS

O DI janeiro de 2012 apontava 11,33 por cento ao ano no
call das 16h, ante 11,32 por cento no ajuste anterior.

EURO

A moeda comum europeia era cotada a 1,4140 dólar,
ante 1,4037 dólar no fechamento anterior.

GLOBAL 40

O título de referência dos mercados emergentes, o Global
40, subia a 140,313 por cento do valor de face, oferecendo
rendimento de 2,085 por cento ao ano.

RISCO-PAÍS

O risco Brasil caía 3 pontos, para 172 pontos-básicos. O
EMBI+ recuava 6 pontos, a 236 pontos-básicos.

BOLSAS DOS EUA

O índice Dow Jones avançou 0,24 por cento, a 11.215
pontos. O Nasdaq subiu 0,27 por cento, para 2.540
pontos. O S&P 500 ganhou 0,37 por cento, a 1.197
pontos.

PETRÓLEO

Na Nymex, o contrato de petróleo de vencimento mais próximo
ganhou 0,79 dólar, a 84,69 dólares por barril.

TREASURIES DE 10 ANOS

O preço dos títulos do Tesouro norte-americano de 10 anos,
referência do mercado, subia, oferecendo rendimento de 2,574
por cento ante 2,592 por cento no fechamento anterior.

(PANORAMA1, PANORAMA2 e PANORAMA3 são localizados no
terminal de notícias da Reuters pelo código )

(Por Paula Arend Laier; Edição de Vanessa Stelzer)

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