Egito segue sob holofotes e eleva preços do petróleo
SÃO PAULO - A frustração observada na praça Tahrir após o discurso do presidente egípcio contaminava também o mercado financeiro internacional nesta sexta-feira, particularmente os preços do petróleo. Na noite da véspera, Hosni Mubarak anunciou que irá transferir alguns poderes ao seu vice, mas que não renunciará imediatamente ao cargo. Em Londres, o contrato do […]
Da Redação
Publicado em 11 de fevereiro de 2011 às 08h17.
SÃO PAULO - A frustração observada na praça Tahrir após o discurso do presidente egípcio contaminava também o mercado financeiro internacional nesta sexta-feira, particularmente os preços do petróleo. Na noite da véspera, Hosni Mubarak anunciou que irá transferir alguns poderes ao seu vice, mas que não renunciará imediatamente ao cargo.
Em Londres, o contrato do tipo Brent avançava 0,63 por cento, a 101,5 dólares, às 8h, mesma direção verificada nas operações eletrônicas em Nova York, onde o barril era transacionado a 87,04 dólares, em alta de 0,32 por cento.
A preocupação com os desdobramentos desse episódio também justificava cautela nas praças acionárias, onde ainda pesavam outros fatores como a perspectiva de aperto monetário em economias emergentes e resultados corporativos. O índice MSCI para ações globais caía 0,43 por cento, enquanto no para emergentes o declínio alcançava 0,58 por cento.
Na Ásia, não houve negociaçao com o Nikkei em Tóquio por feriado e o índice da bolsa de Xangai avançou 0,33 por cento. O MSCI de ações da região Ásia-Pacífico com exceção do Japão, contudo, caminhava para a pior semana em nove meses, recuando 0,96 por cento nesta sessão.
Os pregões na Europa também mostravam alguma debilidade, com o índice FTSEurofirst 300 em baixa de 0,58 por cento.
Da agenda do dia, a inflação anual ao consumidor na Alemanha atingiu 2 por cento em janeiro, de acordo com a Agência Federal de Estatística do país, acima da taxa de 1,9 por cento calculada inicialmente. O índice harmonizado (HICP) foi confirmado com alta de 2 por cento. Na base mensal, houve queda de 0,4 por cento ante declínio de 0,5 por cento na preliminar. A baixa de 0,5 por cento do HICP foi confirmada.
Nos Estados Unidos, o contrato futuro do S&P 500 cedia 7,8 pontos. A pauta nesta sexta-feira reserva números da balança comercial e também preliminar sobre a confiança do consumidor apurada por índice Thomson Reuters/Universidade de Michigan naquele país.
Entre as moedas, o índice DXY, que mede o valor do dólar ante uma cesta com as principais divisas globais, subia 0,43 por cento, influenciado pela queda de 0,55 por cento do euro , a 1,3525 dólar. A moeda norte-americana também se apreciava 0,29 por cento, a 83,48 ienes .
Veja como encerraram os mercados na quinta-feira:
CÂMBIO
O dólar terminou o dia valendo 1,671 real, em alta de 0,60 por cento frente ao fechamento anterior.
BOVESPA
O Ibovespa subiu 0,56 por cento, para 64.577 pontos. O volume financeiro na bolsa foi de 6,7 bilhões de reais.
ADRs BRASILEIROS
O índice dos principais ADRs brasileiros subiu 0,17 por cento perto do fechamento, a 34.628 pontos.
JUROS
No call das 16h, o DI janeiro de 2012 estava em 12,32 por cento ao ano ante 12,31 por cento no ajuste anterior.
EURO
A moeda comum europeia era cotada a 1,3593 dólar, ante 1,3727 dólar no fechamento anterior.
GLOBAL 40
O título de referência dos mercados emergentes, o Global 40, caía para 133,750 por cento do valor de face, oferecendo rendimento de 2,946 por cento ao ano.
RISCO-PAÍS
O risco Brasil caía 4 pontos, para 169 pontos-básicos. O EMBI+ operava a 249 pontos-básicos, com baixa de 4 pontos.
BOLSAS DOS EUA
O índice Dow Jones cedeu 0,09 por cento, a 12.229 pontos, o S&P 500 subiu 0,07 por cento, a 1.321 pontos, e o Nasdaq teve valorização de 0,05 por cento, aos 2.790 pontos.
PETRÓLEO
Na Nymex, o contrato de petróleo mais curto fechou estável, a 86,73 dólares por barril.
TREASURIES DE 10 ANOS
O preço dos títulos do Tesouro norte-americano de 10 anos, referência do mercado, caía, oferecendo rendimento de 3,7060 por cento ante 3,674 por cento no fechamento anterior.