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PANORAMA1-Com G20 no radar, mercado avalia dados da China

SÃO PAULO, 11 de novembro (Reuters) - A pauta chinesa ocupa novamente a atenção de investidores no mercado internacional nesta quinta-feira, após uma bateria de indicadores mostrar que aquela economia segue aquecida. Um dos destaques da divulgação foi a maior alta em dois anos da inflação ao consumidor. A inflação anual ao consumidor chinês acelerou […]

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Da Redação

Publicado em 11 de novembro de 2010 às 07h27.

SÃO PAULO, 11 de novembro (Reuters) - A pauta chinesa ocupa
novamente a atenção de investidores no mercado internacional
nesta quinta-feira, após uma bateria de indicadores mostrar que
aquela economia segue aquecida. Um dos destaques da divulgação
foi a maior alta em dois anos da inflação ao consumidor.

A inflação anual ao consumidor chinês acelerou para 4,4 por
cento, ante 3,6 por cento em setembro, acima dos 4 por cento
esperados, segundo a agência nacional de estatísticas do país.
Os preços ao produtor subiram 5 por cento, ante 4,3 por cento
em setembro e prognóstico de alta de 4,6 por cento.

A produção industrial chinesa cresceu 13,1 por cento em
outubro ante um ano antes, contra previsão de avanço de 13,5
por cento e aumento de 13,3 por cento de setembro. As vendas no
varejo subiram 18,6 por cento, abaixo dos 18,8 por cento de
setembro e dos 18,7 por cento estimados.

Os preços de commodities se beneficiaram dos dados, com o
petróleo avançando a 88,25 dólares nas operações eletrônicas em
Nova York.

Nas praças acionárias, porém, o viés negativo passava a
prevalecer. O índice MSCI para ações globais
reduzia a alta a 0,11 por cento, enquanto o para ações
emergentes recuava 0,34 por cento.

Alguns pregões na Ásia ainda fecharam no azul, como o
índice da bolsa de Xangai , com elevação de 1,04 por
cento e o Nikkei , em Tóquio, que encerrou com ganho de
0,31 por cento. Na Europa, porém, o FTSEurofirst 300
recuava 0,16 por cento por notícias corporativas como o
resultado da Telefónica.

Nos Estados Unidos, os futuros acionários também
sinalizavam uma abertura negativa, com o contrato do S&P 500
em baixa de 4,50 pontos. O feriado do Dia do Veterano
fecha o mercado de títulos e também esvazia a agenda em Wall
Street, embora Nyse e Nasdaq funcionem normalmente.

No mercado cambial, o dólar valorizava-se 0,22 por cento
frente a uma cesta de moedas e o euro voltava a ceder,
negociado em baixa de 0,36 por cento, a 1,3722 dólar. Ante o
iene, a divisa norte-americana perdia 0,10 por cento, a 82,20
ienes.

O foco está voltado para a reunião de líderes do G20 que
começou nesta quinta-feira na Coreia do Sul.

Antes de encontrar o presidente chinês, o presidente dos
EUA, Barack Obama, disse que os dois países estão progredindo
nas discussões para lidar com a abertura da economia chinesa e
a reforma do iuan. Obama ainda disse esperar que a cúpula do
G20 crie mecanismos para um crescimento mundial fundamentado e
equilibrado.

No Brasil, dados de emprego na indústria devem ser
monitorados, mas o principal holofote estará direcionado para a
cena corporativa, com a safra de balanços em andamento e com
uma das estrelas em pauta: Petrobras informa seu resultado
trimestral após o fechamento do mercado.

O dia ainda conta com os números de JBS, Fibria, Braskem,
Klabin, Brookfield, CCR, Cyrela e Rossi.

Para ver a agenda do dia, clique [ID:nN11200182]

Veja como fecharam os principais mercados na quarta-feira:

CÂMBIO

O dólar terminou a 1,711 real, em alta de 0,71 por cento
frente ao fechamento anterior.

BOVESPA

O Ibovespa teve oscilação negativa de 0,06 por cento, para
71.638 pontos. O volume financeiro na bolsa foi de 7,31 bilhões
de reais.

ADRs BRASILEIROS

O índice dos principais ADRs brasileiros subia 0,29 por
cento perto do fechamento, a 36.577 pontos.

JUROS

O DI janeiro de 2012 apontava 11,53 por cento ao ano, ante
11,50 por cento no ajuste anterior.

EURO

A moeda comum europeia era cotada a 1,3783 dólar,
ante 1,3777 dólar no fechamento anterior.

GLOBAL 40

O título de referência dos mercados emergentes, o Global 40,
recuava a 139,500 por cento do valor de face, oferecendo
rendimento de 2,200 por cento ao ano.

RISCO-PAÍS

O risco Brasil caía 2 pontos, para 172 pontos-básicos. O
EMBI+ subia 4 pontos, a 237 pontos-básicos.

BOLSAS DOS EUA

A alguns minutos do fechamento, o índice Dow Jones
caía 0,04 por cento, a 11.342 pontos; o S&P 500 subia
0,27 por cento, a 1.216 pontos, e o Nasdaq avançava
0,48 por cento, para 2.575 pontos.

PETRÓLEO

Na Nymex, o contrato de petróleo de vencimento mais próximo
ganhou 1,09 dólar, a 87,81 dólares por barril.

TREASURIES DE 10 ANOS

O preço dos títulos do Tesouro norte-americano de 10 anos,
referência do mercado, tinha leve alta, oferecendo rendimento
de 2,659 por cento.

(PANORAMA1, PANORAMA2 e PANORAMA3 são localizados no
terminal de notícias da Reuters pelo código )

(Reportagem de Paula Arend Laier; Edição de Vanessa
Stelzer)

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