SÃO PAULO, 27 de dezembro (Reuters) - A China é destaque no
noticiário nesta segunda-feira, na volta do feriado de Natal,
após elevar juros no final de semana para combater a inflação
no país. O movimento ocorre depois de Pequim ter dito, no
início do mês, que estava mudando sua política monetária de
"moderadamente afrouxada" para "prudente".

O banco central da China elevou sua taxa básica de juro no
sábado pela segunda vez, em 0,25 ponto percentual, para 5,81
por cento. A taxa de depósito também foi elevada em 0,25 ponto,
para 2,75 por cento.

No domingo, a China elevou o juro para empréstimo
hipotecário em 0,25 ponto percentual. A taxa para
financiamentos superiores a cinco anos no país será de 4,3 por
cento. Para créditos de cinco anos ou menos, o juro será de
3,75 por cento.

Logo após o anúncio, no sábado, Qing Wang, economista-chefe
para a China do Morgan Stanley em Hong Kong, disse a
jornalistas da Reuters que "comparado aos aumentos de juros do
começo do ano, esse aumento no fim do ano terá um impacto
maior, já que os juros dos empréstimos de médio e longo prazos
e de depósito são recompostos no início de cada ano de acordo
com o juro de base".

A medida chinesa tinha impacto misto nas principais praças
acionárias globais, servindo como argumento para alguma
realização de lucros. Os volumes, contudo, tendem a continuar
reduzidos em razão da proximidade do encerramento de 2010 e de
feriados relacionados ao final do ano.

Na Europa, o FTSEurofirst 300 recuava 0,77 por
cento às 7h50, mesma direção adotada pelo futuro do S&P500
nos Estados Unidos, com queda de 0,45 por cento, a 1.247
pontos. Na Ásia, o índice de Xangai também caiu, 1,9
por cento. Mas o japonês Nikkei fechou o dia em alta de
0,75 por cento.

O índice MSCI para ações globais registrava
variação negativa 0,06 por cento, enquanto para ações
emergentes recuava apenas 0,05 por cento. O índice
MSCI de ações da região Ásia-Pacífico com exceção do Japão
subia levemente, em 0,05 por cento.

No segmento de moedas, o índice DXY , que mede o
valor do dólar ante outras divisas, perdia 0,26 por cento. O
euro era negociado a 1,3155 dólar, ante 1,3115 dólar no
dia 24. Na comparação com o iene , o dólar era
transacionado a 82,80 ienes, ante 82,86 ienes na última
sessão.

Entre as commodities, o petróleo desvalorizava-se
0,14 por cento, a 91,38 dólares o barril, nas operações
eletrônicas em Nova York.

No Brasil, a sessão reserva os tradicionais dados semanais
de segunda-feira --pesquisa Focus e balança comercial--, além
do INCC-M de dezembro.

Veja a agenda com os principais indicadores do dia
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Veja a variação dos principais mercados na quinta-feira:

CÂMBIO

O dólar terminou a 1,698 real, em alta de 0,12 por cento
frente ao fechamento anterior. Na sexta-feira também foi
registrada cotação, de 1,690 real, em baixa de 0,47 por cento.

BOVESPA

O Ibovespa teve variação positiva de 0,02 por cento na
quinta-feira, para 68.485 pontos. O volume financeiro na bolsa
foi de 3,52 bilhões de reais.

ADRs BRASILEIROS

O índice dos principais ADRs brasileiros tinha oscilação
negativa de 0,05 por cento, a 35.691 pontos.

JUROS

O DI janeiro de 2012 apontava 12,15 por cento ao ano, ante
12,11 por cento no ajuste anterior.

GLOBAL 40

O título de referência dos mercados emergentes, o Global
40, recuava a 135,250 por cento do valor de face, oferecendo
rendimento de 2,828 por cento ao ano.

RISCO-PAÍS

O risco Brasil cedia 4 pontos, para 177 pontos-básicos. O
EMBI+ caía 5 pontos, a 239 pontos-básicos.

BOLSAS DOS EUA

O Dow Jones avançou 0,12 por cento, para 11.573
pontos. O Nasdaq caiu 0,22 por cento, para 2.665
pontos. O índice Standard & Poor's 500 perdeu 0,16 por
cento, para 1.256 pontos.

PETRÓLEO

Na Nymex, o contrato de petróleo de vencimento mais próximo
subiu 1,03 dólar, ou 1,14 por cento, a 91,51 dólares por
barril.

TREASURIES DE 10 ANOS

O preço dos títulos do Tesouro norte-americano de 10 anos,
referência do mercado, cedia, oferecendo rendimento de 3,3970
por cento ante 3,348 por cento no fechamento anterior.

(PANORAMA1, PANORAMA2 e PANORAMA3 são localizados no
terminal de notícias da Reuters pelo código PAN/SA)

(Por Paula Arend Laier; Edição de Vivian Pereira)