Otimismo externo vira pessimismo e DIs devolvem prêmios
Ao término da negociação normal na BM&F, o DI janeiro de 2013 cedia para a mínima 9,74%
Da Redação
Publicado em 7 de dezembro de 2011 às 16h11.
São Paulo - Mais uma vez, o otimismo dos mercados durou pouco. E, também novamente, a responsável por jogar um balde de água fria nos negócios foi a Alemanha. Primeiro, uma autoridade do país negou que o Mecanismo de Estabilidade Europeu (ESM) e a Linha de Estabilidade Financeira Europeia (EFSF, na sigla em inglês) irão operar simultaneamente.
Depois, o governo alemão disse que não haverá uma decisão sobre a ajuda do Fundo Monetário Internacional (FMI) à zona do euro na cúpula da União Europeia, que começa amanhã. Internamente, o IGP-DI de 0,43% em novembro, abaixo das expectativas, juntou-se ao nebuloso quadro externo para provocar devolução de prêmios na curva a termo de juros futuros.
Assim, ao término da negociação normal na BM&F, o DI janeiro de 2013 (274.300 contratos) cedia para a mínima 9,74%, de 9,81% no ajuste, enquanto o DI janeiro de 2014 (202.625 contratos) estava em 10,05%, também na mínima, de 10,14% ontem. Entre os longos, o DI janeiro de 2017, com movimento de 28.545 contratos, caía a 10,78%, de 10,84% na véspera, e o DI janeiro de 2021 (2.235 contratos) marcava mínima de 10,95%, de 11,02% no ajuste.
E foram as notícias externas que começaram a dar cor para os negócios hoje. A abertura foi azul, ainda na esteira da notícia veiculada pelo Financial Times de que ESM e EFSF poderiam operar de forma simultânea e com recursos da ordem de 900 bilhões de euros. A negativa vinda de uma autoridade alemã para esta possibilidade colocou o vermelho como cor predominante nos negócios.
A partir daí, ponderações positivas e negativas surgiram, sem, no entanto, alterar o rumo de baixa dos ativos. O governo da Alemanha desistiu de convencer todos os 27 países da União Europeia a apoiarem uma proposta franco-alemã para mudanças limitadas no tratado do grupo para salvaguardar o euro e ajudar a conter a crise da dívida da zona do euro, disse um alto funcionário do governo nesta quarta-feira. "Eu estou mais pessimista do que estava na semana passada sobre as chances de um acordo total", afirmou o funcionário. Já o primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron, afirmou hoje que vai bloquear quaisquer mudanças no tratado da União Europeia que ameacem os interesses britânicos.
Na tentativa de conter os ânimos, o primeiro-ministro da França, François Fillon, disse que nunca mais haverá um default, nem mesmo parcial, de um membro da zona do euro, e que nenhum investidor corre o risco de perder seu dinheiro ao emprestar para os países do bloco.
Por aqui, além do IGP-DI abaixo do piso das estimativas do AE Projeções, de 0,45%, o Índice de Preços ao Produtor (IPP) apontou desaceleração para 0,85% em outubro, ante 1,23% em setembro. E o Índice de Commodities (IC-BR) - com queda de 1,70% em novembro, ante outubro - também amparou o recuo das taxas, visto que commodities em baixa podem indicar o efeito desinflacionário esperado pelo BC.
São Paulo - Mais uma vez, o otimismo dos mercados durou pouco. E, também novamente, a responsável por jogar um balde de água fria nos negócios foi a Alemanha. Primeiro, uma autoridade do país negou que o Mecanismo de Estabilidade Europeu (ESM) e a Linha de Estabilidade Financeira Europeia (EFSF, na sigla em inglês) irão operar simultaneamente.
Depois, o governo alemão disse que não haverá uma decisão sobre a ajuda do Fundo Monetário Internacional (FMI) à zona do euro na cúpula da União Europeia, que começa amanhã. Internamente, o IGP-DI de 0,43% em novembro, abaixo das expectativas, juntou-se ao nebuloso quadro externo para provocar devolução de prêmios na curva a termo de juros futuros.
Assim, ao término da negociação normal na BM&F, o DI janeiro de 2013 (274.300 contratos) cedia para a mínima 9,74%, de 9,81% no ajuste, enquanto o DI janeiro de 2014 (202.625 contratos) estava em 10,05%, também na mínima, de 10,14% ontem. Entre os longos, o DI janeiro de 2017, com movimento de 28.545 contratos, caía a 10,78%, de 10,84% na véspera, e o DI janeiro de 2021 (2.235 contratos) marcava mínima de 10,95%, de 11,02% no ajuste.
E foram as notícias externas que começaram a dar cor para os negócios hoje. A abertura foi azul, ainda na esteira da notícia veiculada pelo Financial Times de que ESM e EFSF poderiam operar de forma simultânea e com recursos da ordem de 900 bilhões de euros. A negativa vinda de uma autoridade alemã para esta possibilidade colocou o vermelho como cor predominante nos negócios.
A partir daí, ponderações positivas e negativas surgiram, sem, no entanto, alterar o rumo de baixa dos ativos. O governo da Alemanha desistiu de convencer todos os 27 países da União Europeia a apoiarem uma proposta franco-alemã para mudanças limitadas no tratado do grupo para salvaguardar o euro e ajudar a conter a crise da dívida da zona do euro, disse um alto funcionário do governo nesta quarta-feira. "Eu estou mais pessimista do que estava na semana passada sobre as chances de um acordo total", afirmou o funcionário. Já o primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron, afirmou hoje que vai bloquear quaisquer mudanças no tratado da União Europeia que ameacem os interesses britânicos.
Na tentativa de conter os ânimos, o primeiro-ministro da França, François Fillon, disse que nunca mais haverá um default, nem mesmo parcial, de um membro da zona do euro, e que nenhum investidor corre o risco de perder seu dinheiro ao emprestar para os países do bloco.
Por aqui, além do IGP-DI abaixo do piso das estimativas do AE Projeções, de 0,45%, o Índice de Preços ao Produtor (IPP) apontou desaceleração para 0,85% em outubro, ante 1,23% em setembro. E o Índice de Commodities (IC-BR) - com queda de 1,70% em novembro, ante outubro - também amparou o recuo das taxas, visto que commodities em baixa podem indicar o efeito desinflacionário esperado pelo BC.