O que esperar da Black Friday 2021?
Arrefecimento da pandemia e maior parte da população brasileira vacinada são suficientes para esperar bons resultados?
Marília Almeida
Publicado em 19 de novembro de 2021 às 18h17.
Última atualização em 19 de novembro de 2021 às 18h33.
A Black Friday ocorrerá neste ano em um cenário de arrefecimento da pandemia e com a maior parte da população brasileira completamente vacinada. Isso é suficiente para esperar resultados na data de descontos, promovida pelo varejo na última sexta-feira de novembro? Ou a fraqueza da economia, com inflação, desemprego e juros mais altos; devem enfraquecer a performance?
Para responder a essas perguntas a investidores de fundos imobiliários que aplicam em shopings e no varejo, Arthur Vieira de Moraes, especialista em fundos imobiliários e professor da EXAME Academy, recebeu Alberto Guerra, pesquisador da data do varejo, no programa FIIs em EXAME , que é exibido ao vivo no YouTube nas sextas-feiras, às 15h.
Apesar de ainda não estarmos no nível da data comemorativa celebrada na China e nos Estados Unidos, Guerra aponta que a organização logística do país é estruturada e varejistas já conseguem entregar produtos em todo o país. "A data comemorativa já é a que mais vende eletrônicos, e a única que cresce mais de dois dígitos por ano".
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Com o tempo, analisa Guerra, o varejo aprendeu a lidar melhor com a data. "O bolso do consumidor é um só. Os varejistas sabem que quem compra na Black Friday gastará menos no Natal. Opta por um bom presente para si mesmo agora e deixa presentes para dezembro. A Black Fraude ficou para trás".
A expectativa para este ano, portanto, é boa. Mas o crescimento de dois dígitos só será mantido por conta da base fraca de comparação da edição passada, pontua Guerra.
O que deve sustentar resultados, segundo ele, é a reabertura do comércio e maior segurança do consumidor em se locomover no varejo físico, além de uma autoindulgência exarcebada, caracterizada pelo pensamento do consumidor de que "merece comprar" porque trabalhou o ano todo.
"Esse comportamento é mais intenso agora porque 2021 foi um ano difícil, marcado pela segunda onda da pandemia. Quem ficou trancado quer se recompensar, enquanto quem estava desempregado e se recolocou no mercado vê a oportunidade de adquirir algo que estava precisando e não podia".
Veja abaixo a entrevista completa com o especialista: