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NY deve abrir em leve alta após acordo sobre Chipre

Após o Chipre, o grande evento do dia para Wall Street é um seminário que o presidente do Federal Reserve, Ben Bernanke, vai participar em Londres


	Bolsa de Nova York: às 10h15 (de Brasília), o Dow Jones futuro subia 0,05%, o Nasdaq ganhava 0,34% e o S&P 500 registrava valorização de 0,17%
 (REUTERS/Brendan McDermid)

Bolsa de Nova York: às 10h15 (de Brasília), o Dow Jones futuro subia 0,05%, o Nasdaq ganhava 0,34% e o S&P 500 registrava valorização de 0,17% (REUTERS/Brendan McDermid)

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Da Redação

Publicado em 25 de março de 2013 às 10h54.

Nova York - As bolsas norte-americanas devem iniciar o pregão desta segunda-feira em alta moderada, sinalizam os índices futuros, que subiam influenciados pelo fechamento do acordo para resgatar o Chipre.

Às 10h15 (de Brasília), o Dow Jones futuro subia 0,05%, o Nasdaq ganhava 0,34% e o S&P 500 registrava valorização de 0,17%.

O acordo do Chipre com o Banco Central Europeu e o Fundo Monetário Internacional (FMI), fechado no domingo na Europa, repercutiu bem em Wall Street na manhã desta segunda-feira, embora os ganhos dos índices futuros tenham enfraquecido um pouco antes da abertura do pregão.

Pelo plano desenhado, o segundo maior banco cipriota, o Banco Popular do Chipre, ou Laiki, vai se fundir com o Banco do Chipre, o maior do país. Além disso, somente os depósitos acima de 100 mil euros serão taxados. Embora o porcentual não tenha sido definido, fala-se em um imposto de até 30%.

Entre os dados divulgados mais cedo, o índice de atividade nacional, medido pelo Federal Reserve de Chicago, avançou para 0,44 em fevereiro, de -0,49 em janeiro.

Já a mais representativa média móvel de três meses recuou para 0,09, de 0,28 em janeiro. O banco também afirmou que o índice de atividade industrial do Meio-Oeste subiu 0,1% em janeiro, em relação ao mês anterior, para uma leitura ajustada sazonalmente de 97,0. Em bases anuais, o índice teve alta de 6,4%.

Após o Chipre, o grande evento do dia para Wall Street é um seminário que o presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), Ben Bernanke, vai participar em Londres na London School of Economics, às 14h15 (de Brasília).


Ele vai falar sobre a crise financeira mundial de 2008 e suas lições ao mundo. Ao seu lado estarão outros renomados economistas, como Olivier Blanchard, do FMI, e o antigo secretário do Tesouro dos EUA e atual conselheiro econômico de Barack Obama, Lawrence Summers.

Para o economista-chefe do banco canadense RBC Capital Markets, Tom Porcelli, Bernanke deu poucos indícios em suas declarações na semana passada sobre quando a política de compra de ativos do Fed deve ser encerrada.

Por isso, apesar de ser improvável que na apresentação de Londres ele mande sinais mais claros sobre o futuro dessa estratégia, por ser Bernanke, sempre há a expectativa de alguma sinalização para as perspectivas econômicas, ainda mais em um dia sem anúncio de indicadores nos EUA hoje e com o Chipre chegando a um momento decisivo.

Nos EUA, o presidente do Fed de Nova York, William Dudley faz palestra às 13h30 (de Brasília). A expectativa pela apresentação é que, além de ser membro votante nas reuniões do Fed e apoiar a política de compra de ativos para estimular a economia, Dudley tem feito poucas declarações em público.

A última vez que falou sobre perspectivas para a economia norte-americana foi em novembro do ano passado. "Não temos ouvido ele falar por alguns meses, mas a perspectiva é que Dudley continue apoiando a política de relaxamento monetário do Fed", disse Porcelli.

No mundo corporativo, o destaque no pré-mercado eram os papéis dos bancos, que subiam influenciados pelo fechamento do plano de ajuda para o Chipre. Havia o temor de que a pequena ilha no Mediterrâneo pudesse desencadear uma corrida bancária em outros países da periferia da zona do euro. O papel do Citibank tinham alta de 0,99% e o Goldman Sachs, 0,92%.


O papel da fabricante de computadores Dell também era destaque, com alta de 3,3% no pré-mercado. No final de semana, dois compradores fizeram propostas de aquisição da empresa, o fundo de private equity BlackStone e o investidor Carl Icahan.

Em fevereiro, o fundador da empresa, Michael Dell, e o fundo de private equity Silver Laker já haviam anunciado um negócio de US$ 24 bilhões para fechar o capital da companhia, mas que vinha sendo questionado por acionistas minoritários pelo baixo preço proposto para comprar a ação da Dell na bolsa, a US$ 13,65.

Segundo o The New York Times, as duas novas propostas oferecem um preço acima desse valor. Icahan, por exemplo, disse estar disposto a pagar US$ 15,00 por ação.

Na agenda corporativa, em Londres, a Heineken se apresenta nesta segunda-feira em um seminário mundial sobre cervejas. A empresa holandesa vai falar, entre outros tópicos, sobre sua estratégia para as Américas e pode influenciar os preços das ações de empresas de bebidas, alertam analistas do setor em relatórios de bancos de investimento.

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