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NY deve abrir em baixa com vendas fracas no varejo

A possibilidade de o Chipre precisar de mais ajuda também contribui para o aumento da aversão ao risco na manhã de hoje


	Bolsa de Nova York: às 10h15 (de Brasília), o Dow Jones futuro perdia 0,27%, o Nasdaq recuava 0,49% e o S&P 500 tinha baixa de 0,38%
 (Getty Images)

Bolsa de Nova York: às 10h15 (de Brasília), o Dow Jones futuro perdia 0,27%, o Nasdaq recuava 0,49% e o S&P 500 tinha baixa de 0,38% (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 12 de abril de 2013 às 10h57.

Nova York - As bolsas norte-americanas devem iniciar o pregão desta sexta-feira em baixa, sinalizam os índices futuros. Em um dia de agenda cheia nos Estados Unidos e no exterior, o número mais esperado da semana mostrou que as vendas no varejo do país caíram 0,4% em março.

A possibilidade de o Chipre precisar de mais ajuda também contribui para o aumento da aversão ao risco na manhã de hoje. Às 10h15 (de Brasília), o Dow Jones futuro perdia 0,27%, o Nasdaq recuava 0,49% e o S&P 500 tinha baixa de 0,38%.

Os números do varejo de março vieram abaixo que o esperado pelos economistas, que previam queda de 0,1%. Ainda com relação ao comércio, pouco depois da abertura do mercado será divulgado um índice que deve dar mais uma sinalização sobre a situação do consumidor norte-americano em tempos de cortes de gastos públicos e aumento de impostos.

O índice de sentimento do consumidor medido pela Universidade de Michigan sai às 10h55 (de Brasília) e vai mostrar a primeira leitura de abril. O RBC Capital Markets espera ligeira melhora do número, subindo de 78,6 em março para 79,0 este mês.

Já o discurso do presidente do Federal Reserve, Ben Bernanke, deve acontecer às 13h30 (de Brasília), num dia em que mais três dirigentes do banco central dos EUA, dois deles com poder de voto no Comitê Federal do Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês), também participam de eventos.

Esta manhã, o presidente do Fed de Boston, Eric Rosengren, defendeu a política monetária atual e disse que a economia norte-americana pede estímulos agressivos.

Além dos dados fracos do comércio divulgados nesta sexta-feira notícias vindas da Europa contribuem para a queda dos índices futuros de Nova York e para uma possível realização de lucros no pregão.


Em meio à reunião dos ministros das Finanças europeus em Dublin, que discutem, entre outras coisas, a prorrogação do vencimento dos empréstimos para Portugal e Irlanda, a possibilidade de o Chipre precisar de mais ajuda financeira aumenta a aversão ao risco dos investidores.

No mundo corporativo, JPMorgan Chase e Wells Fargo anunciaram balanços, com lucros em alta. Na próxima semana, os outros grandes bancos dos EUA revelam seus números do primeiro trimestre, um a cada dia da semana.

O Citigroup mostra seu balanço no dia 15 e o Goldman Sachs, no dia seguinte. Bank of America faz o mesmo no dia 17 e Morgan Stanley, no dia 18. A consultoria FactSet, que calcula o consenso dos analistas, projeta expansão média de 2,9% nos ganhos do setor financeiro no primeiro trimestre.

O JPMorgan anunciou aumento de 33% no lucro no primeiro trimestre, na comparação com o primeiro trimestre do ano passado, para US$ 6,5 bilhões, batendo as estimativas dos analistas do setor financeiro.

E o Wells Fargo teve expansão de 22%, para US$ 5,2 bilhões, também melhor que o previsto, mas a receita caiu 1,7%. Em um movimento de realização de lucros, os papéis dos dois bancos operavam em queda no pré-mercado, caindo respectivamente, 0,63% e 1,63%.

Além dos bancos, os acionistas da operadora de telefonia MetroPCS, a quinta maior dos EUA, decidem nesta sexta-feira se aprovam a fusão com T-Mobile USA, a quarta maior. A intenção de juntar as duas empresas foi anunciada em março de 2012.

O principal objetivo é criar uma empresa para competir nas novas tecnologias de celulares, sobretudo o 4G. A operação foi longamente analisada pelos reguladores do setor de telefonia e por órgãos de defesa da concorrência dos EUA, que acabaram aprovando a fusão. O negócio cria uma empresa com 42 milhões de assinantes, avaliada em US$ 30 bilhões.

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