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NY deve abrir de olho nos indicadores dos EUA

As bolsas norte-americanas devem iniciar o pregão desta quinta-feira sem rumo claro, sinalizam os índices futuros, que operam em direções divergentes


	Bolsa de Nova York: às 10h15 (de Brasília), o Dow Jones futuro subia 0,08%, o Nasdaq recuava 0,18% e o S&P 500 tinha queda de 0,17%
 (REUTERS/Brendan McDermid)

Bolsa de Nova York: às 10h15 (de Brasília), o Dow Jones futuro subia 0,08%, o Nasdaq recuava 0,18% e o S&P 500 tinha queda de 0,17% (REUTERS/Brendan McDermid)

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Da Redação

Publicado em 21 de março de 2013 às 10h52.

Nova York - As bolsas norte-americanas devem iniciar o pregão desta quinta-feira sem rumo claro, sinalizam os índices futuros, que operam em direções divergentes em meio a expectativas com o desenrolar da crise no Chipre e de indicadores da economia norte-americana, como as vendas de residências usadas de fevereiro.

Às 10h15 (de Brasília), o Dow Jones futuro subia 0,08%, o Nasdaq recuava 0,18% e o S&P 500 tinha queda de 0,17%.

O primeiro indicador do dia foram os pedidos de auxílio-desemprego na semana encerrada no dia 16, que somaram 336 mil, pouco abaixo do esperado pelos analistas, que previam 340 mil pedidos. Apesar do pequeno aumento de 2 mil pedidos em relação à semana passada, o número segue no nível mais baixo em cinco anos.

Nas últimas duas semanas, os dados dos pedidos de auxílio-desemprego surpreenderam os analistas ao cair, contrariando as previsões. Para as próximas semanas, a equipe de economistas do Bank of America Merrill Lynch vê impactos dos cortes de gastos automáticos na procura por auxílio-desemprego e acha que a tendência é de aumento nos pedidos, com o nível se estabilizando em 350 mil solicitações.

Logo após a abertura do mercado, às 11h (de Brasília), serão divulgados o índice de atividade regional do Federal Reserve da Filadélfia e as vendas de moradias usadas, com dados de fevereiro. No caso deste último indicador, o RBC Capital Markets espera estabilidade em relação a janeiro, com o número anualizado somando 4,9 milhões.


Em reportagem de capa nesta quinta-feira, o The New York Times destaca que as vendas de moradias usadas só não são maiores porque há falta de residências para vender, em meio à recuperação do setor imobiliário com os preços em alta das moradias. O número de residências à venda no momento nos EUA é o menor desde 1999, de acordo com números da Associação Nacional das Imobiliárias citados na reportagem.

Wall Street também segue alerta aos desdobramentos da crise no Chipre. O Banco Central Europeu (BCE) anunciou que cortará os financiamentos emergenciais aos bancos cipriotas a partir da próxima segunda-feira (dia 25) caso a ilha não chegue a um acordo sobre o resgate financeiro.

Já o ministro de Finanças do Chipre, Michalis Sarris, afirmou nesta quinta-feira a agências internacionais que a Rússia não vai participar do plano de resgate para a ilha com um novo empréstimo. Em uma pesquisa, a população do país afirmou que prefere deixar a zona do euro a aceitar um pacote de ajuda que confisca depósitos.

No noticiário corporativo, os papéis da Oracle operavam em queda de 7,8% no pré-mercado. Na quarta-feira (20) à noite, a empresa de tecnologia reportou resultados trimestrais abaixo do esperado, influenciados pela queda das vendas de hardwares, que tiveram recuo de 16% na receita.

O desempenho do segmento de software também decepcionou, com queda de 2% no faturamento. O lucro de US$ 2,5 bilhões ficou estável em relação ao mesmo trimestre de 2012.

Na agenda do dia, a Nike divulga nesta quinta-feira, após o fechamento do mercado, resultados de seu terceiro trimestre fiscal. A expectativa é de que a empresa tenha lucro de US$ 0,67 por ação, acima dos US$ 0,60 do mesmo período de 2012.

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