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Números do setor industrial pautarão abertura de NY

Esta semana promete ser importante para os investidores terem mais pistas sobre o futuro da política de compra de ativos do Federal Reserve


	Bolsa de Nova York: às 10h15 (de Brasília), o Dow Jones futuro subia 0,45%, o Nasdaq ganhava 0,17% e o S&P 500 tinha alta de 0,25%
 (Getty Images)

Bolsa de Nova York: às 10h15 (de Brasília), o Dow Jones futuro subia 0,45%, o Nasdaq ganhava 0,17% e o S&P 500 tinha alta de 0,25% (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 3 de junho de 2013 às 10h56.

Nova York - As bolsas norte-americanas devem iniciar o primeiro pregão de junho em alta após as quedas de sexta-feira, 01, segundo sinalização dos índices futuros, enquanto os investidores acompanham indicadores de construção civil e da indústria que estão sendo divulgados nesta manhã.

Às 10h15 (de Brasília), o Dow Jones futuro subia 0,45%, o Nasdaq ganhava 0,17% e o S&P 500 tinha alta de 0,25%.

Nesta segunda-feira, 3, saiu o índice de atividade dos gerentes de compras (PMI) industrial, calculado pelo instituto Markit, que mostrou melhora no setor. O indicador subiu para 52,3 em maio, em sua leitura final para o mês. No dado preliminar, o índice havia ficado em 51,9.

Esta semana promete ser importante para os investidores terem mais pistas sobre o futuro da política de compra de ativos do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos).

Na sexta-feira, 7, o Departamento de Trabalho divulga o relatório mensal de emprego (payroll) com dados de maio. Se o número vier bom, ao contrário das edições anteriores, os economistas preveem uma reação negativa do mercado. A razão é que a melhora da criação de emprego pode sinalizar mudanças próximas na política do Fed.

Além do payroll, que é o principal dado usado pelo Fed, junto com a inflação, para balizar sua política monetária, outros indicadores importantes da atividade econômica saem ao longo desta semana. Às 11h (de Brasília) serão divulgados os investimentos em construção civil e o índice ISM de atividade industrial (gerentes de compras) de maio.

Alguns bancos têm apostas divergentes para o ISM. O banco Wells Fargo projeta melhora do indicador em maio, depois de apresentar quedas desde fevereiro, quando atingiu o pico de 54,2, até chegar em abril aos 50,7. O banco vê o índice subindo para 51 em meio à melhora de alguns números do setor industrial, como o aumento das encomendas das fábricas.


Já o Bank of America e o ING veem contração do setor em maio, com o ISM caindo para 49,5 - nesse indicador, números abaixo de 50 indicam recuo da atividade industrial. A justificativa é a economia mundial mais fraca. A média das previsões, segundo a Dow Jones, é que o indicador fique em 51.

Para os investimentos em construção, a expectativa é de melhora. O consenso divulgado pelo jornal Barron's fala em crescimento de 0,9% em abril ante março, com destaque para os investimentos em imóveis residenciais.

Para o economista-chefe da consultoria Capital Economics, Paul Ashworth, uma das forças que vão puxar o desempenho da economia norte-americana este ano vai vir do setor de construção, em suas várias frentes, como vendas de imóveis, construção de novas moradias e alta dos preços das residências.

O setor começou a se recuperar há cerca de 12 meses e as projeções da consultoria é de que continue em ritmo forte de expansão.

Também nesta segunda-feira, 3, serão divulgadas as vendas de automóveis de maio, sem horário definido. A expectativa do economista da Nationwide Financial, David Berson, é de uma recuperação, depois do recuo nas vendas em abril.

A previsão é que as vendas anualizadas somem 15,1 milhões de veículos, acima dos 14,9 milhões do mês anterior. O economista destaca que os índices de confiança do consumidor mostraram melhora significativa em maio e as bolsas atingiram níveis recordes, o que deve estimular a demanda por carros.

A montadora Chrysler divulgou nesta segunda-feira, 3, um crescimento de 11% nas vendas no mês passado. Foi o melhor mês de maio para a empresa desde 2007. No pré-mercado, as ações de outras montadoras registravam altas, com a expectativa de vendas também em expansão. A Ford subia 1,02% e a General Motors ganhava 0,77%.

Ainda no setor corporativo, a Apple vai a julgamento hoje sob a acusação de que fez acordo com editoras para elevar o preço de livros eletrônicos em 2010.

O The New York Times relata que o próprio Steve Jobs, então presidente e um dos fundadores da empresa, teria participado diretamente das conversas. O julgamento deve ser longo e pode durar três semanas. No pré-mercado, o papel da Apple subia 0,35%.

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