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Novo rumor sobre equipe econômica amplia queda do dólar

Foram rumores sobre o substituto de Guido Mantega que deram uma animada nos negócios no início da tarde, levando o dólar a ampliar a queda


	Dólar: moeda terminou negociada no mercado à vista de balcão cotado a R$ 2,56, em baixa de 0,12%
 (Getty Images)

Dólar: moeda terminou negociada no mercado à vista de balcão cotado a R$ 2,56, em baixa de 0,12% (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 12 de novembro de 2014 às 16h28.

São Paulo - O dia tinha tudo para ser bastante morno nos mercados, diante de uma agenda esvaziada de indicadores e da indefinição sobre a equipe econômica do segundo mandato de Dilma Rousseff.

E foram justamente rumores sobre o substituto de Guido Mantega que deram uma animada nos negócios no início da tarde, levando o dólar a ampliar a queda.

O movimento não se sustentou e, no fim da sessão, a moeda registrou ligeira baixa.

O dólar terminou negociado no mercado à vista de balcão cotado a R$ 2,5600, em baixa de 0,12%.

Na mínima da sessão, marcou R$ 2,5390 (-0,93%) e, na máxima, R$ 2,5640 (+0,04%).

O giro registrado totalizava US$ 875,1 milhões às 16h30, sendo US$ 813,4 milhões em D+2.

No começo da tarde, notícia veiculada na imprensa deu uma animada nos negócios ao informar que o ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles seria o preferido a ocupar a vaga de Mantega.

Seu nome é o que o ex-presidente Lula gostaria de emplacar e também agrada ao mercado, sendo considerado um profissional com capacidade de recobrar a credibilidade perdida pelo governo, sobretudo depois das manobras contábeis recentes.

Isso, claro, desde que ele tenha carta branca da presidente, ponto que seria justamente um dos que dificultariam sua ida, já que Dilma gosta de tomar para si a condução da política econômica.

A notícia não trouxe nada de novo ao que já circula no mercado. Meirelles é o nome que o mercado gostaria de ver na vaga, mas Nelson Barbosa, até então, parecia ser o mais provável.

Ontem, Alexandre Tombini, presidente do Banco Central, também foi cogitado para o cargo e nada impede que Dilma traga uma solução que não está ao alcance dos olhos - e das especulações - do mercado.

De concreto nessa boataria política estão a saída de Marta Suplicy do Ministério do Turismo e de Mauro Borges do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).

O ministro da Secretaria de Portos, César Borges, também afirmou que vai colocar seu posto à disposição do governo.

O titular da Casa Civil, Aloizio Mercadante, recomendou que os ministros coloquem seus cargos à disposição de Dilma Rousseff na próxima terça-feira, para deixar a presidente à vontade para fazer as mudanças que julgar necessárias.

Além do cenário político, os investidores em câmbio observaram hoje os dados do fluxo cambial, positivos na primeira semana do mês.

Na BM&FBovespa, às 16h32, o dólar para dezembro tinha virado para cima e subia 0,06%, a R$ 2,5725.

Hoje, no Catar, a presidente Dilma Rousseff disse que fará a reforma ministerial por etapas, não estipulou prazo para essa reforma e afirmou ainda que sabia com antecedência do teor da carta com o pedido de demissão da ministra da Cultura, Marta Suplicy.

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