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No radar: Petróleo, sell-off e o que mais move o mercado nesta sexta

Mercados globais tentam se reerguer, após nova ressaca nas bolsas americanas

 (./Getty Images)

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Guilherme Guilherme

Publicado em 11 de setembro de 2020 às 08h15.

Os mercados começam esta sexta-feira, 11, de olho no cenário externo, após a realização de lucros no mercado americano ter se estendido por mais um pregão, chegando ao quarto dos últimos cinco. O preço do petróleo, que pode encerrar a semana em queda de mais de 6%, também tem ganhado o foco dos investidores e deve ser acompanhado de perto, principalmente, pelos acionistas de empresas do setor.

No radar econômico, estão dados da inflação americana e o crescimento do setor de serviços brasileiro.

Confira os principais acontecimentos desta quinta-feira:

Eterna correção

Depois de mais uma sessão de perdas nos Estados Unidos, a grande dúvida dos investidores tem sido “até quando vai a realização de lucros das big techs?”. Apesar de em ritmo mais equilibrado do que nos últimos dias, a queda dos papéis do setor voltou a pressionar os índices acionários dos Estados Unidos e, consequentemente, do mundo. Por lá, o índice Nasdaq caiu 1,99% e o S&P 500, 1,76%.

“Em algum momento, após altas seguidas, haveria correção. Só que ninguém sabia quando [iria começar], agora ninguém sabe quando vai acabar”, comenta Rodrigo Franchinni, sócio da Monte Bravo.

Petróleo

Incertezas sobre a retomada demanda por petróleo tem feito o preço da commodity tocar as mínimas de junho depois de quase três meses. Na última semana, tanto o petróleo brent quanto o WTI caíram mais de 5% e tudo indica que o filme irá se repetir, mesmo que a commodity feche em alta nesta sexta. A desvalorização da commodity tem provocado perdas significativas em ações do setor na bolsa. Em sua semana de estreia no Ibovespa, principal índice da B3, a PetroRio caminha para fechar em queda de mais de 10%.

IPC

Na agenda, está programada para às 9h30 a divulgação dos dados de inflação nos Estados Unidos referentes ao mês de agosto. Nos dados de julho, o Núcleo do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) teve alta anual de 1,6%, surpreendo as estimativas de 1,1%. Para agosto, a expectativa é que o IPC se mantenha com alta anual de 1,6%. Embora temida por economias emergentes, a alta da inflação pode significar retomada econômica. O Federal Reserve também já sinalizou que, pela manutenção dos estímulos, será mais tolerante com a inflação.

Serviços

No Brasil, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) vai divulgar às 9h os dados de julho sobre o setor de serviços referentes, um dos mais impactados pela pandemia. As projeções do mercado apontam para uma alta mensal de 3,1%. Mas os números ainda mostram as cicatrizes do tempo. Para a variação anual, a expectativa do mercado é de queda de 10,4%.

Retrospectiva

Pressionado pelo mercado americano, o Ibovespa fechou em queda de 2,43%, em 98.834,59 pontos, na quinta-feira, 10 – o pior patamar desde julho. O dólar subiu 0,4% para 5,32 reais.

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