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Nike desaba 11% na Bolsa de Nova York após divulgação de resultados fiscais

Ações da Nike registram maior desvalorização em quase três décadas em meio a expectativas de crescimento reduzidas e planos de corte de custos

Nike na berlinda: queda recorde nas ações após apresentação de balanço (Qilai Shen/Bloomberg)

Nike na berlinda: queda recorde nas ações após apresentação de balanço (Qilai Shen/Bloomberg)

André Lopes
André Lopes

Repórter

Publicado em 22 de dezembro de 2023 às 15h32.

Última atualização em 22 de dezembro de 2023 às 16h07.

A Nike, gigante do setor de artigos esportivos, enfrentou um revés estrondoso na Bolsa de Valores de Nova York nesta sexta-feira, 22. As ações da empresa despencaram 12%, para depois se estabilizar em uma redução de cerca de 11%. Caso esse declínio se mantenha, pode marcar a maior desvalorização da Nike em aproximadamente 30 anos.

Essa queda no valor das ações ocorreu após a divulgação dos resultados do segundo trimestre fiscal da empresa, que mostrou uma receita de US$ 13,4 bilhões e um lucro líquido próximo de US$ 1,6 bilhão. A projeção da Nike para o crescimento da receita no ano fiscal, que se encerra em maio de 2024, foi ajustada para 1%, uma redução significativa em relação à previsão anterior de 5%.

Além de uma queda no consumo em períodos longe de datas com black friday e natal, os investidores mostraram preocupação com os anúncios da Nike sobre seus planos de reduzir US$ 2 bilhões em custos nos próximos três anos, uma medida decorrente da diminuição no consumo de itens esportivos na China e na Europa.

Essa estratégia de corte de custos está alinhada com o reinvestimento em processos internos, visando otimização e agilidade nas operações.

Nos últimos três anos, a Nike tem investido em otimização de operações, com foco no e-commerce e na introdução de NFTs, além de incentivar a visitação em lojas físicas.

Com esses recentes desenvolvimentos, o valor de mercado da Nike sofreu uma redução superior a US$ 16 bilhões, situando-se agora em US$ 165,9 bilhões. Este é um dos maiores impactos na bolsa para a empresa desde 1997, quando suas ações tiveram queda superior a 13%.

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