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Nem prejuízo recorde abala o sucesso da Vale

São Paulo - A Vale registrou prejuízo líquido de R$ 5,62 bilhões no quarto trimestre de 2012. Foi o pior resultado trimestral da história da mineradora e uma das maiores perdas em um trimestre de uma empresa brasileira, segundo a consultoria Economática. Em função desse resultado, o lucro líquido da empresa em 2012 despencou, caindo […]


	Apesar do lucro líquido da mineradora ter despencado, as ações da continuam fazendo sucesso entre os analistas
 (Anderson Schneider/VEJA)

Apesar do lucro líquido da mineradora ter despencado, as ações da continuam fazendo sucesso entre os analistas (Anderson Schneider/VEJA)

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Da Redação

Publicado em 1 de março de 2013 às 12h08.

São Paulo - A Vale registrou prejuízo líquido de R$ 5,62 bilhões no quarto trimestre de 2012. Foi o pior resultado trimestral da história da mineradora e uma das maiores perdas em um trimestre de uma empresa brasileira, segundo a consultoria Economática. Em função desse resultado, o lucro líquido da empresa em 2012 despencou, caindo 74,2% na comparação com 2011. E, mesmo assim, as ações da mineradora continuam fazendo sucesso entre os analistas.

Especialistas em mineração das corretoras do Bradesco BBI, BB Investimentos (Banco do Brasil), Itaú Unibanco, Planner e XP destacaram o “excepcional desempenho” da Vale na venda de minério de ferro, o que resultou em um sólido resultado operacional. Em relatórios enviados a clientes, todas essas instituições recomendam compra dos papéis da Vale e apontam tendência de desempenho acima da média do mercado.

Segundo o analista Alan Glezer, do Bradesco BBI, os resultados da Vale no quarto trimestre mostram uma melhora significativa no mercado de minério de ferro. As receitas com a venda do minério aumentaram 27% nos últimos três meses de 2012, “de carona no pacote de estímulos que acelerou a economia da China”.

Em relatório, o analista do BB Investimentos Victor Penna afirma que a mineradora soube aproveitar a tendência de alta nos preços do minério no fim do ano passado. Essa tendência de alta se manteve no começo de 2013, com o minério de ferro chegando ao maior valor desde outubro de 2011. “Acreditamos que a Vale deverá reportar resultados consistentes no primeiro trimestre de 2013, caso seu desempenho operacional não seja muito prejudicado pelo excesso de chuvas característico do primeiro trimestre.”


Além disso, Penna ressalta que a China divulgou recentemente dados macroeconômicos mais favoráveis, mostrando que “a segunda maior economia do mundo está ganhando força”. O nível dos estoques de minério de ferro no país está no patamar mais baixo dos dois últimos anos. Esses dois fatores devem continuar estimulando o setor de mineração, na opinião do analista.

Recomendações

O analista Alan Glazer, do Bradesco BBI, tem recomendação de “outperform” (desempenho acima da média do mercado ou, em português claro, compra) para as ações preferenciais série A (PNA) da Vale, com preço justo de R$ 54,00 por ação. Já Victor Penna, do BB Investimentos, coloca como preço justo o valor de R$ 44,40, também com recomendação de “outperform”.

A corretora Planner tem recomendação de compra para as ações PNA da Vale, e o preço justo calculado é de R$ 45,00 por ação. A indicação do analista Marcos Assumpção, da Itaú Corretora, é de “outperform” para os papéis, os quais, segundo ele, têm potencial de alta, embora o preço alto do minério de ferro já esteja incluído no valor atual das ações. O preço justo estimado pelo analista para Vale PNA é de R$ 42,00.

A corretora XP Investimentos segue recomendando compra dos papéis da Vale, com preço justo de R$ 48,80. As ações PNA da Vale na BM&FBovespa estavam, às 14h20, cotadas a R$ 36,03, em alta de 1,66%, o que dá uma ideia do potencial de ganho previsto pelas corretoras.

Vale lembrar que esses preços justos calculados pelos analistas têm como base estimativas de resultados das empresas ao longo dos próximos trimestres. É preciso, contudo, que certas condições de oferta e procura pelas ações sejam cumpridas para que os preços se concretizem.

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