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EUA: Nasdaq tem nova máxima histórica, mas tensões comerciais preocupam

Investidores continuam otimistas à medida que as "giant techs" oferecem melhores perspectivas de crescimento no curto prazo

Bolsa: o Nasdaq avançou 0,41`%, a 7.638 pontos; o Dow Jones caiu a 0,06%, a 24.800 pontos, e o S&P 500 ganhou 0,070262%, a 2.749 pontos (Michael Nagle/Getty Images)

Bolsa: o Nasdaq avançou 0,41`%, a 7.638 pontos; o Dow Jones caiu a 0,06%, a 24.800 pontos, e o S&P 500 ganhou 0,070262%, a 2.749 pontos (Michael Nagle/Getty Images)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 5 de junho de 2018 às 18h33.

Última atualização em 5 de junho de 2018 às 19h37.

Os mercados acionários americanos encerraram o pregão desta terça-feira, 5, sem direção única, à medida que o otimismo com as empresas de tecnologia continuou em vigor em Nova York, com Apple, Amazon, Netflix e Microsoft renovando máximas históricas de fechamento e impulsionando o índice Nasdaq. No entanto, tensões comerciais envolvendo os Estados Unidos continuaram no radar dos investidores e impediram que o bom humor se espalhasse por outros setores.

O índice Dow Jones fechou em queda de 0,06%, aos 24.799,98 pontos; o S&P 500 subiu 0,07%, aos 2.748,81 pontos; e o Nasdaq avançou 0,41%, aos 7.637,86 pontos, em novo recorde de fechamento. O subíndice de tecnologia do S&P 500 fechou em alta de 0,43%, aos 1.262,82 pontos.

O otimismo visto com as techs no geral não foi percebido em outros setores, como o financeiro, nas bolsas americanas. Logo pela manhã, o diretor do Conselho Econômico Nacional da Casa Branca, Larry Kudlow, afirmou que o presidente dos EUA, Donald Trump, pode abandonar o Tratado Norte Americano de Livre Comércio (Nafta, na sigla em inglês) e privilegiar negociações de acordos bilaterais com o México e com o Canadá. As declarações de Kudlow vem na esteira da imposição de tarifas sobre as importações americanas de aço e alumínio canadenses e mexicanos.

"Se Trump seguir essa rota, o Canadá deve conseguir um melhor tratamento do que o México, mas não está claro se o Canadá está disposto a isso. Muitas empresas americanas e canadenses, principalmente as ligadas ao setor automotivo, estão bastante integradas à demanda mexicana", disse o analista David Sloan, da Continuum Economics. Entre ações do setor industrial e de consumo, a General Motors fechou em queda de 0,85% e a Boeing perdeu 0,17%.

No entanto, o grande destaque do dia nas bolsas americanas voltou a ser o setor de tecnologia. Investidores continuam otimistas com o segmento, à medida que as giant techs oferecem melhores perspectivas de crescimento no curto prazo, o que vem beneficiando Apple, Amazon, Microsoft e Netflix. "Tecnologia é um setor autônomo no qual parece haver uma história de crescimento estrutural e parece que continuaremos a ver o crescimento dos lucros", disse o gerente de portfólio da Fidelity International, Nick Peters. Para ele, "as valuations parecem bastante completas e, techs à parte, é difícil ver como o mercado irá superar as expectativas".

A Apple encerrou o pregão desta terça-feira em alta de 0,77%, a US$ 193,31, com US$ 950,15 bilhões em valor de mercado. Para alcançar a marca psicológica de US$ 1 trilhão, a empresa teria que ver sua ação subir pouco mais de 5%. A Amazon também apresentou forte avanço, de 1,87%, a US$ 1.696,35, também renovando máxima histórica de fechamento. Esse caminho também foi seguido pela Microsoft, que subiu 0,51%, para US$ 102,19. Já a Netflix ganhou 1,10%, a US$ 365,80, acumulando ganho de 90% no ano, de acordo com a FactSet.

As ações do Twitter avançaram 5,07%, a US$ 39,80, no maior nível desde abril de 2015, depois que a S&P Dow Jones Indices anunciou na segunda-feira a inclusão da companhia no índice S&P 500. A ação ganhou mais de 21% nos últimos nove dias, no melhor desempenho desde fevereiro, de acordo com o WSJ Market Data Group.

O diretor de investimentos do Wells Fargo Private Bank, Erik Davidson, disse que há uma "força gravitacional" para o mercado subir e que ele espera que o S&P 500 aumente 5% ou 6% a mais em 2018. "Ainda estamos no caminho para ter alguma sensação de euforia nos mercados. Isso é positivo", afirmou.

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