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Não venda sua ação da Redecard por R$ 35, recomenda Santander

Avaliação deixou de considerar pontos estratégicos e papel poderia valer mais de R$ 40, estimam os analistas

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 12 de abril de 2012 às 06h00.

São Paulo – O laudo que avaliou o preço da Redecard (RDCD3) em 35,88 reais (média da faixa de preço) pode não ter considerado uma série de pontos no valor que a empresa teria para o Itaú Unibanco, como economias de custos e benefícios fiscais, conforme avaliam os analistas Henrique Navarro e Renato Schuetz, da corretora do Santander.

“Considerando todos os fatores, reiteramos nossa opinião: não vender a R$35,00, pois continuamos a acreditar que os minoritários têm uma boa chance de conseguir um preço que fique mais em linha com o que consideramos ser o valor justo da empresa”, afirmam os analistas em relatório distribuído para clientes.

Eles avaliam que os minoritários conseguirão atingir facilmente o quórum mínimo exigido para que uma nova avaliação seja feita. Talvez eles não optem por essa alternativa, que adiaria muito o tempo da oferta, como avaliam os analistas.

Na opinião dos analistas, o valor justo para os papéis seria uma faixa entre 40 reais e 45 reais por ação, parecido com o estimado pelo HSBC, que acredita num preço de 39 reais a 41 reais (se considerada a parceria estratégica com a Hipercard). A recomendação do Santander é de compra das ações.

Além de acreditar que o relatório da Rothschild não levou em consideração alguns valores estratégicos da Redecard para o Itaú, os analistas discordam também da avaliação do preço em comparação com a Cielo. Usando a concorrente da Redecard como modelo para uma avaliação com base no múltiplo do P/L, o relatório atingiu o valor de 37,11 reais ao final de 2012 para a Redecard. “Discordamos dessa avaliação. Estimamos um valor de 42,58 reais para o final de 2012”, afirmam.

Embora os analistas não sejam os únicos a acreditar que o preço justo para o papel da Redecard é superior ao maior valor apontado no relatório, uma oferta muito mais alta não deve acontecer. “O relatório pode oferecer uma saída ao Itaú, com base em suas repetidas declarações de que não pagaria um preço superior a 35,00 reais: permitir a ele oferecer o preço do topo da faixa, aumentando sua oferta em 7,4%, para 37,59 reais”, afirmam.
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