Morre ex-presidente da CVM Luiz Leonardo Cantidiano
Cantidiano foi diretor da CVM e assumiu a presidência da Comissão de 2002 a 2004
Estadão Conteúdo
Publicado em 21 de agosto de 2017 às 11h10.
Rio - O advogado e ex-presidente da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) Luiz Leonardo Cantidiano morreu neste domingo (20) aos 68 anos. A causa da morte não foi divulgada até o inicio da tarde. Segundo informações do cemitério Memorial do Carmo, na zona portuária do Rio, o velório e a cremação serão realizados nesta segunda-feira (21), às 12 horas.
Formado na Universidade do Estado do Rio de Janeiro, em 1972, Cantidiano se tornou referência na área de Direito Societário e Mercado de Capitais. Em 1978, passou em primeiro lugar no primeiro concurso da CVM; no entanto, preferiu permanecer na iniciativa privada.
Dois anos depois, tornou-se sócio da Motta, Fernandes, Rocha Advogados. No ano passado, abriu o próprio escritório de advocacia, o Cantidiano Advogados, com participação da esposa Maria Lucia, do irmão André, da filha Isabel e outros advogados. O escritório tem sede no Rio e também atua em São Paulo.
Cantidiano foi diretor da CVM e assumiu a presidência da Comissão de 2002 a 2004. No cargo, regulamentou os fundos de private equity e de securitização, criou a figura dos market makers e publicou a Instrução 400, a primeira atualização da regulamentação dos IPOs em 25 anos.
O advogado foi membro do Conselho de Administração da Bolsa de Valores do Rio de Janeiro e do Conselho de Administração da BNDESPar. Também integrou o Conselho de Recursos do Sistema Financeiro Nacional e foi conselheiro de administração certificado pelo Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC).
Cantidiano foi ainda presidente do Council of Securities Regulators of the Americas (COSRA) e da Câmara Consultiva de Listagem da BM&FBovespa (atual B3). Além disso, foi membro do corpo de árbitros da Câmara de Arbitragem do Novo Mercado, do Conselho Consultivo da Associação Brasileira de Venture Capital e Private Equity (ABVACP), do Conselho Diretor da Associação Brasileira de Companhias Abertas (Abrasca) e da Comissão de Ética e da Comissão Técnica do Instituto Brasileiro de Relações com Investidor (IBRI).
Também escreveu os livros "Reforma da Lei das S. A. Comentada", publicado em 2002, "Estudos de Direito Societário", de 1999, e "Direito Societário e Marcado de Capitais", de 1996.