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Moody’s pode elevar rating do Rio de Janeiro no curto prazo

Cidade brasileira deve ser fortemente beneficiada pela realização da Copa do Mundo de 2014 e dos Jogos Olímpicos de 2016

Jogos Olímpicos de 2016 no Rio de Janeiro desencadearão grandes projetos extraordinários de infraestrutura, diz a agência (Divulgação)

Jogos Olímpicos de 2016 no Rio de Janeiro desencadearão grandes projetos extraordinários de infraestrutura, diz a agência (Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 22 de março de 2011 às 16h26.

São Paulo – A agência de classificação de risco Moody's poderá elevar no curto prazo o rating da cidade do Rio de Janeiro, a segunda maior cidade do Brasil. A expectativa surge em um momento em que as tendências macroeconômicas positivas do país reduziram os riscos sistêmicos e ajudaram a fortalecer a idoneidade creditícia de estados e municípios, explica a agência.

Em 2010, a Moody’s elevou em 29 de novembro os ratings e a perspectiva para o Rio de Janeiro, ao mesmo tempo em que alterou para cima a nota de Belo Horizonte e dos estados de São Paulo e Minas Gerais.

Em relatório assinado pelo analista Patrício Esnaola nesta terça-feira (22), a Moody’s destacou como conquistas nos últimos meses a gestão fiscal que têm sustentado resultados equilibrados nas contas de cidades e estados, além da importância da redução das cargas de dívida.

O relatório da Moody’s destaca também que, além das exigências de despesas de capital determinadas pela atual expansão econômica, os eventos que estão por vir, como a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016 no Rio de Janeiro, desencadearão grandes projetos extraordinários de infraestrutura, o que pode estimular um aumento dos ratings.

Gastos Públicos

Em relação aos níveis de gastos públicos, a Moody’s reitera que estão saudáveis nos estados de São Paulo e Minas Gerais, e estima que devem continuar assim nos próximos anos. “De 2005 a 2009, os resultados operacionais brutos dos dois estados tiveram média saudável de 10,4% das receitas operacionais, enquanto os resultados nas cidades do Rio de Janeiro e Belo Horizonte tiveram média de 12,1%”, afirmou Esnaola. Ele acredita que as margens operacionais serão mantidas no médio prazo.

Dívidas

A Moody’s ainda destacou a redução do peso da dívida nos estados e municípios brasileiros. A dívida líquida direta e indireta recuou para uma média de 142% das receitas totais em 2009, contra 177% em 2005, enquanto os indicadores equivalentes aos municípios diminuíram para 50% em 2009, ante 58% em 2005.

“Embora esperemos que os ganhos nos indicadores fiscais e de dívida sejam sustentados no curto a médio prazo, também reconhecemos que os estados e municípios classificados enfrentam necessidades significativas e rápidas de expansão de infraestrutura e pressões de gastos sociais”, afirmou o analista da Moody’s. 

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