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Moody's rebaixa classificação da região espanhola de Valência

Segundo a agência, a região foi incapaz de obter em dezembro 1,5 bilhão de euros que precisava

Outro questionamento da agência é quanto à capacidade dos governos regionais para reduzir o déficit neste ano, depois do mau comportamento visto em 2011 (Stan Honda/AFP)

Outro questionamento da agência é quanto à capacidade dos governos regionais para reduzir o déficit neste ano, depois do mau comportamento visto em 2011 (Stan Honda/AFP)

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Da Redação

Publicado em 12 de janeiro de 2012 às 07h01.

Madri - A agência de medição de riscos Moody's rebaixou nesta quinta-feira em dois degraus a classificação da região espanhola de Valência devido aos seus problemas de liquidez e suas dificuldades de financiar-se.

Situou ainda em perspectiva negativa outras nove comunidades autônomas espanholas e três entidades locais.

A medição da Comunidade Valenciana fica no nível de Ba3, de 'bônus lixo', o que significa que sua capacidade de enfrentar um ambiente adverso é questionável.

A agência mostra dúvidas sobre a capacidade das comunidades autônomas de alcançar seus objetivos de redução do déficit neste ano, já que precisam refinanciar 17 bilhões de euros em um entorno em que o acesso ao mercado bancário é muito difícil.

Conforme Moody's, a Comunidade Valenciana foi incapaz de obter em dezembro 1,5 bilhão de euros que precisava.

Outro questionamento da agência é quanto à capacidade dos governos regionais para reduzir o déficit neste ano, depois do mau comportamento visto em 2011.

O governo calculou que as autonomias terão déficit de 2,7% com relação ao Produto Interno Bruto (PIB), frente ao cálculo inicial de 1,3%.

Além disso, a Moody's leva em conta a deterioração do entorno macroeconômico, e calcula que em 2012 o PIB espanhol se contrairá entre 0,5% e 1%.

Em entrevista à Agência Efe nesta semana, a primeira que concede como chefe do Executivo espanhol, Mariano Rajoy, anunciou que em suas próximas reuniões com as comunidades autônomas e com as Prefeituras pedirá que apertem o cinto 'como já fizeram as famílias e as empresas' na Espanha.

Segundo Rajoy, as comunidades autônomas são responsáveis de 15 bilhões dos 20 bilhões de euros do desvio do déficit público registrado no exercício 2011.

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